O presidente dos EUA, Donald Trump, voltou neste domingo (9) a criticar o ex-diretor do FBI James Comey, chamando-o de mentiroso após a publicação integral do texto de seu depoimento fechado no Congresso.
Na ocasião, Comey defendeu sua atuação na investigação sobre conluio da campanha eleitoral de Trump em 2016 com o governo da Rússia.
“James Comey, o rei dos vazamentos de informações, deve ter batido o recorde de quem mais mentiu no Congresso em um único dia”, escreveu o presidente americano em uma rede social. “Sua audiência de sexta-feira foi totalmente falsa!”.
Comey foi ouvido por membros de dois comitês da Câmara dos Representantes na sexta-feira (7) durante mais de seis horas a respeito de sua conduta em duas investigações durante as eleições presidenciais de 2016: a de suspeitas de conluio entre Moscou e a equipe de campanha de Trump e a que indicava o uso do e-mail privado por parte da então candidata democrata, Hillary Clinton.
Descontente com a direção destas investigações, Trump demitiu Comey em maio de 2017, o que abriu o caminho para a nomeação do procurador especial Robert Mueller para assumir o caso da suposta interferência russa.
O presidente aparentemente foi informado do conteúdo completo do texto da audiência, pois afirmou que “em 245 ocasiões, o ex-diretor do FBI, James Comey, disse aos investigadores da Câmara dos Representantes que não sabia, não lembrava ou não conseguia lembrar do que foi perguntado”.
Segundo a transcrição da audiência, de 235 páginas, Comey revelou que a investigação do FBI (principal polícia federal americana) sobre os contatos entre a equipe de campanha de Trump e membros do governo da Rússia, iniciada em julho de 2016, envolvia quatro americanos.
“O candidato não era um desses quatro”, afirmou, sem identificar os envolvidos.
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