Uma ação coletiva de mais de 400 mil funcionários públicos federais, entre eles dezenas de milhares de agentes da Patrulha da Fronteira e do Sindicato de Funcionários do Tesouro Nacional, está processando o governo Trump pelo não pagamento de salários durante a paralisação, afirmou nesta quinta-feira (10) o Washington Post.
A ação pede que os demandantes citados, Eleazar Avalos e James Davis, que são agentes da fronteira e da aduana, e outros indivíduos classificados de forma semelhante, sejam pagos os salários devidos, diz o jornal.
Desde 22 de dezembro, quando o impasse entre o presidente Donald Trump e o Congresso começou, muitas agências federais interromperam o trabalho temporariamente, com a compensação de seus funcionários atrasada de forma indefinida.
Porém, funcionários considerados "essenciais" devem continuar trabalhando pois "realizam trabalho emergencial envolvendo a segurança da vida humana ou a proteção da propriedade".
O impasse se dá porque Trump quer que os democratas aprovem medidas que contemplem dinheiro para financiar o muro que ele quer construir na fronteira com o México.
Trata-se da segunda ação do tipo iniciada por sindicatos de funcionários federais, disse ainda o jornal.
Dias após a paralisação começar, a Federação Americana de Empregados do Governo —o maior sindicato de funcionários federais— entrou com uma ação contra o governo Trump alegando que centenas de milhares de funcionários estavam sendo obrigados ilegalmente a trabalhar de graça.
Os dois demandantes citados são Justin Tarovisky e Grayson Sharp, funcionários do sistema prisional.
Tony Reardon, presidente do Sindicato de Funcionários do Tesouro Nacional, que representa 150 mil membros em 33 agências e departamentos federais, chamou a paralisação de "uma farsa".
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