Ataque jihadista no Mali mata dez capacetes azuis da ONU

Secretário-geral António Guterres condena ataque, reivindicado por grupo Al-Qaeda no Magrebe Islâmico

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AFP

Um ataque contra um acampamento da ONU no Mali, no oeste da África, deixou dez capacetes azuis do Chade mortos e ao menos 25 feridos. As informações foram confirmadas pelo secretário-geral da ONU, António Guterres. 

O líder da organização condenou o que considerou "um ataque complexo" ocorrido no começo deste domingo (20) contra o acampamento da missão de paz na comunidade de Aguelhok, no norte do país.

soldado de capacete azul
Soldado da missão de paz da ONU no Mali, a Minusma - Michele Cattani/AFP

O grupo jihadista Al-Qaeda no Magrebe Islâmico reivindicou a autoria da investida, afirmando que foi reação à visita do premiê israelense Benjamin Netanyahu ao Chade, país de origem dos agentes mortos, segundo a agência de notícias mauritana Al Akbar.

"As forças da Minusma [missão da ONU no Mali] responderam com vigor e vários agressores foram abatidos", disse Stephane Dujarric, porta-voz das Nações Unidas. 

O representante do secretário-geral da ONU em Mali, Mahamat Saleh Annadif, condenou "o ataque vil e criminoso contra os capacetes azuis", afirmando que ele "ilustra a determinação dos terroristas de semear o caos"

Annadif declarou que as mortes exigem "uma resposta contundente, imediata e acordada de todas as forças para aniquilar a ameaça do terrorismo na região do Sahel".

O Mali acolhe cerca de 13 mil capacetes azuis na Minusma, que começou depois de que milícias islamitas se apossaram do norte do país em 2012. No ano seguinte, os jihadistas foram expulsos por tropas francesas.

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