Premiê palestino apresenta renúncia ao presidente Abbas

Segundo publicação oficial, executivo continuará no poder até que um novo governo seja formado

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O primeiro-ministro palestino Rami Hamdallah em evento na segunda-feira (28)
O primeiro-ministro palestino Rami Hamdallah em evento na segunda-feira (28) - Hazem Bader/AFP
Ramallah | AFP

O primeiro-ministro palestino, Rami Al-Hamdallah, anunciou nesta terça-feira (29) ter entregado sua renúncia e a de seu governo de coalizão ao presidente Mahmoud Abbas, em um contexto de crescentes divergências entre as organizações palestinas.

O executivo continuará assumindo "todas as suas responsabilidades até que um novo governo seja formado", disse em um comunicado divulgado após uma reunião com o gabinete.

Abbas, principal interlocutor da comunidade internacional, está imerso na formação de uma nova coalizão. Ele não divulgou imediatamente nenhum comentário, mas sua facção, o Fatah, recomendou em um encontro dois dias atrás que o governo fosse substituído.

Os analistas veem nesse esforço uma forma de isolar seus rivais do Hamas, que detêm o poder na Faixa de Gaza. 

O governo palestino emana da Autoridade Palestina, uma entidade internacional provisoriamente reconhecida e destinada a prefigurar um Estado independente que integraria a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, separadas por algumas dezenas de quilômetros de território israelense.

Mahmoud Abbas em reunião na Itália nesta terça
Mahmoud Abbas em reunião na Itália nesta terça - Mohamad Torokman/Reuters

Um dirigentes do Hamas condenou o movimento desta terça, afirmando que se trata de uma tentativa de marginalizar e excluir o grupo da política palestina.

Acadêmico renomado, Hamdallah liderou o governo de coalização nacional formado em 2014 e comandou os esforços do Fatah de reconciliação com o Hamas, que assumiu o poder em Gaza em 2007.

Os dois grupos assinaram um acordo de reconciliação há dois anos, que colocou em ação um plano para a Autoridade Palestina de Abbas de retomar o governo em Gaza e o controle dos caminhos que levam do enclave costeiro a Egito e Israel.

Mas disputas sobre a divisão do poder e desavenças sobre as políticas em relação a Israel dificultaram a implementação do acordo.

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