O premiê do Japão, Shinzo Abe, propôs nesta segunda-feira (28) uma reunião sua com o ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, para "romper o jugo da desconfiança mútua".
"Vou atuar decididamente, e aproveitando cada ocasião, para romper o jugo da desconfiança mútua e me reunirei diretamente com o dirigente Kim Jong-un para resolver o tema nuclear, do programa de mísseis da Coreia do Norte e os sequestros" de japoneses nos anos 1970-80, afirmou Abe, em discurso para inaugurar o ano parlamentar.
O premiê não apresentou um calendário para esse eventual encontro, mas suas declarações se produzem no momento em que EUA e Coreia do Norte preparam uma segunda cúpula entre Kim e o presidente Donald Trump, provavelmente para o fim de fevereiro.
"Fixarei como objetivo a normalização das relações diplomáticas, pondo fim a um passado triste", afirmou Abe, em referência aos crimes cometidos durante a colonização japonesa da península coreana durante a Segunda Guerra.
A mensagem contrasta com a que pronunciou há um ano. Na ocasião, se comprometeu a "obrigar a Coreia do Norte a mudar suas políticas", descrevendo o programa nuclear e de mísseis de Pyongyang como "uma ameaça grave e iminente sem precedentes".
No discurso, Abe também prometeu levar as relações com a China a um "novo nível" e dedicar verbas recordes para renovar as infraestruturas japonesas.
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