Descrição de chapéu Venezuela

Maduro dá ultimato de 48 h para Grupo de Lima reconhecer seu governo

Ditador ameaça tomar medidas diplomáticas contra o bloco caso países não voltem atrás

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O ditador venezuelano Nicolás Maduro durante a entrevista coletiva em Caracas nesta quarta (9)
O ditador venezuelano Nicolás Maduro durante a entrevista coletiva em Caracas nesta quarta (9) - Xinhua
Caracas | AFP e Reuters

O ditador Nicolás Maduro ameaçou tomar medidas diplomáticas contra os países que integram o Grupo de Lima, entre eles o Brasil, caso eles não voltem atrás em sua decisão de não reconhecer o novo mandato do venezuelano

O ultimato de 48 horas foi dado em uma entrevista coletiva nesta quarta-feira (9), um dia antes dele tomar posse para iniciar o novo mandato de seis anos.  

"Hoje foi entregue a todos os governos do cartel de Lima uma nota de protesto, onde exigimos uma retificação de suas posições sobre a Venezuela em 48 horas ou o governo da Venezuela tomará as mais urgentes medidas diplomáticas", afirmou ele em Caracas, usando um termo pejorativo para se referir ao grupo.

O venezuelano não disse quais ações irá tomar contra os países, mas sua capacidade de revidar é bastante limitada porque ele já cortou relações com a maior parte dos membros do Grupo de Lima.   

O ditador disse que considera inaceitável a posição do bloco, que anunciou na última sexta-feira (4) durante um encontro na capital peruana que não reconheceria o novo mandato de Maduro e pediu que ele transferisse seus poderes para a Assembleia Nacional, de maioria opositora. 

A medida foi aceita por Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Guiana, Honduras, Panamá, Paraguai, Peru e Santa Lúcia. Apenas o México não votou a favor da medida, que teve apoio ainda dos EUA, que não fazem parte do Grupo de Lima.   

eleição, realizada em maio do ano passado, foi amplamente boicotada pela oposição, que denunciou uma série de fraudes. Diversos países também se recusaram a reconhecer o resultado do pleito.

Maduro, porém, insiste que a eleição foi justa e que a oposição não participou porque sabia que perderia. Ele acusa governos estrangeiros, incluindo vizinhos e os Estados Unidos, de tentar derrubá-lo.

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