O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, advertiu neste domingo (13) que a Turquia sofrerá uma devastação econômica se atacar os curdos, e pediu a estes para não provocar o governo turco, após a retirada das tropas americanas da Síria.
"Devastaremos economicamente a Turquia se atacarem os curdos", tuitou Trump, que defendeu também criar uma zona de segurança de 20 milhas (30 km).
"Também não queremos que os curdos provoquem a Turquia. Rússia, Irã e Síria têm sido os maiores beneficiários da política americana de destruição do EI (grupo Estado Islâmico) na Síria", afirmou.
"Nós também nos beneficiamos, mas é momento de trazer nossas tropas para casa. Parem com as GUERRAS INTERMINÁVEIS!", acrescentou.
A Turquia ameaça lançar uma ofensiva para expulsar os milicianos curdo-sírios das Unidades de Proteção Popular (YPG), aos quais considera "terroristas". O governo também acusa o YPG de apoiar os curdos turcos do PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão), que promovem uma insurreição contra o Estado turco desde 1984.
Antes da retirada das tropas americanas da Síria, os grupos curdos sírios, aliados de Washington na luta contra o grupo extremista Estado Islâmico (EI), tiveram que confiar no governo sírio para garantir sua sobrevivência diante das ameaças turcas.
Neste contexto, Washington subordina sua retirada da Síria ao fato de que eles estejam protegidos, o que irrita Ancara. O premiê turco, Recep Tayyip Erdogan, disse na semana passada que não protegerá os curdos da Síria ao realizar ataques militares, que considera como combate ao terrorismo.
No sábado, durante visita a Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, o secretário de Estado, Mike Pompeo, disse que os Estados Unidos estão confiantes na possibilidade de que os curdos serão protegidos, ao mesmo tempo em que reconheceu o direito da Turquia de defender seu país de terroristas.
"Confiamos na possibilidade de alcançar este duplo objetivo", disse ele a repórteres que o acompanham em sua visita ao Oriente Médio, após conversa por telefone com seu homólogo turco, Mevlut Cavusoglu.
"Muitos detalhes seguem sem resolução, mas sou otimista sobre a possibilidade de alcançarmos um bom resultado", declarou Pompeo, logo após a teleconferência com Cavusoglu.
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