Descrição de chapéu Governo Trump

Trump rebate críticas de chefe de inteligência sobre Coreia do Norte e Estado Islâmico

Presidente dos EUA fala em progressos nas duas frentes

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Reuters

O presidente dos EUA, Donald Trump, rebateu nesta quarta-feira (30) avaliações feitas pelo chefe de inteligência americano na véspera de que é pouco provável que a Coreia do Norte esteja disposta a abandonar todas suas armas nucleares e que o Estado Islâmico continua ativo no Oriente Médio.

As informações fazem parte do relatório de ameaças globais que o órgão envia ao Congresso todos os anos e é assinado por Dan Coats, diretor Nacional de Inteligência do governo Trump.

"Quando me tornei presidente, o EI estava fora de controle na Síria e corria desenfreado. Desde então, um progresso tremendo ocorreu, especialmente nas últimas cinco semanas", afirmou Trump em uma série de tuítes.

Tropas americanas fazem patrulha na província de Logar, no Afeganistão - Omar Sobhani - 7.ago.18/Reuters

"O califado logo será destruído, algo impensado há dois anos. As negociações estão indo bem no Afeganistão após 18 anos de combates. A luta continua, mas o povo do Afeganistão quer paz nessa guerra interminável", acrescentou, em referência a conversas de paz com o Taleban.

Na segunda-feira (28), os EUA anunciaram que estão próximos de um acordo de paz final com o grupo insurgente que Washington desalojou do poder no Afeganistão em 2001.

Em troca do fim do terrorismo e de aceitar negociações políticas com o governo em Cabul, os EUA prometem retirar suas tropas do país asiático.

Sobre a Coreia do Norte, o presidente afirmou que a relação está no melhor ponto na história dos dois países, acrescentando que "há uma chance decente de desnuclearização"

"O tempo irá dizer o que acontece com a Coreia do Norte, mas no fim do último governo, a relação está horrível e coisas muito ruins estavam prestes a acontecer. Agora é outra história. Espero ansiosamente para ver Kim Jong-un em breve", afirmou. 

Kim e Trump tem encontro previsto para o fim do mês de fevereiro, com data e local a serem anunciados.

Trump afirmou ainda que os agentes de inteligência "deveriam voltar para a escola" pois são "extremamente passivos e ingênuos" sobre o Irã. 

Ele citou lançamentos de foguetes iranianos e disse que o Irã está "muito perto do limite". ​

Na apresentação do relatório nesta terça, no Congresso, Coats afirmou que "é pouco provável que a Coreia do Norte esteja disposta a abrir mão de todas as suas armas nucleares e capacidade de produção, embora pretenda negociar uma desnuclearização parcial para obter importantes concessões internacionais e americanas". 

"No limite, o seu líder [Kim] vê as armas nucleares como algo crítico para a sobrevivência do regime", afirmou ele aos senadores.

O diretor também citou o Irã e afirmou que não há informações de que o país tenha intensificado seu programa nuclear recentemente.

"Não acreditamos que o Irã esteja empreendendo atualmente as atividades principais que julgamos necessárias para produzir um dispositivo nuclear", disse Coats. Ele acrescentou, porém, que as autoridades iranianas "publicamente ameaçaram ultrapassar os limites" do acordo nuclear de 2015 caso não recebessem os benefícios esperados. 

Trump abandonou o acordo nuclear com Teerã em maio de 2018. Na ocasião, disse que o pacto não estava impedindo o país de produzir armas nucleares.

Coats também contradisse as declarações de Trump de que o Estado Islâmico estava derrotado. Segundo o relatório, o grupo radical islâmico ainda possui milhares de combatentes no Iraque e na Síria, capazes de representar uma ameaça para o Oriente Médio e outras partes do mundo. 

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