Descrição de chapéu Governo Trump

Trump volta atrás e adia discurso à nação no Congresso

A democrata Nancy Pelosi havia dito que paralisação do governo impediria sessão

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Washington | Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que adiará o discurso do Estado da União até que a paralisação do governo termine, depois que a presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, comunicou não ser possível que ele faça o pronunciamento na Casa.

O embate entre as duas mais poderosas lideranças de Washington representa uma escalada no impasse que levou a uma paralisação parcial do governo por 33 dias e que ameaça a economia dos EUA e o sustento de 800 mil funcionários federais.

O presidente dos EUA, Donald Trump, em encontro com líderes conservadores na Casa Branca - AFP

Trump chegou a cogitar realizar um evento paralelo para proferir o discurso mas voltou atrás.

"Enquanto acontecia a paralisação, Nancy Pelosi me pediu que fizesse o Discurso do Estado da União. Eu concordei. Depois ela mudou de ideia por causa da paralisação, sugerindo uma outra data. Essa é a sua prerrogativa. Farei o discurso quando a paralisação acabar", afirmou Trump em tuítes durante a madrugada.

"Não estou procurando um lugar alternativo para o Estado da União porque não há lugar que possa competir com a história, a tradição e a importância da Câmara dos Deputados. Espero ansiosamente para proferir um 'ótimo' Discurso sobre o Estado da União no futuro próximo!". 

Em uma reunião sobre segurança nas fronteiras, Trump disse que a manobra de Pelosi para impedir seu discurso na Câmara “é uma desonra”.

 

Pelosi disse ao presidente que por ora ela não consideraria autorizar o discurso, uma tradição anual na política norte-americana comumente televisionada a partir do plenário da Câmara.

“De novo, espero recebê-lo na Câmara em uma data mutuamente combinada para esse discurso, quando o governo estiver aberto”, disse Pelosi a Trump por meio de uma carta.

Mais cedo, Trump havia basicamente a desafiado a desconvidá-lo para fazer o discurso, que estava marcado para 29 de janeiro.

O discurso do Estado da União, usado pelos presidentes dos EUA para anunciar suas metas e políticas para o ano, tornou-se refém do embate entre Trump e os congressistas democratas em torno da verba exigida por ele para a construção de um muro na fronteira com o México.

Cerca de 25% do governo está paralisado desde 22 de dezembro, quando o dinheiro de algumas agências dos EUA se esgotou por motivos não relacionadas à segurança nas fronteiras ou ao tema da imigração.

De início, Trump expressou apoio a uma nova legislação que restabeleceria o financiamento dessas agências. Depois, porém, ele exigiu que qualquer lei aprovada para encerrar a paralisação preveja US$ 5,7 bilhões para custear a obra do muro, verba que os democratas negam ceder.

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