Descrição de chapéu Venezuela

Venezuela tem noite violenta na véspera de protestos contra Maduro

Ao menos 4 pessoas morreram; estátua de Chávez foi queimada e cabeça do busto foi pendurada

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Ônibus queimado em Caracas na terça à noite, véspera dos protestos convocados pela oposição venezuelana
Ônibus queimado em Caracas na terça à noite, véspera dos protestos convocados pela oposição venezuelana - Luis Robayo/AFP
Buenos Aires

A noite que antecedeu a marcha deste dia 23 de janeiro na Venezuela, conclamada pela Assembleia Nacional para pedir a renúncia do ditador Nicolás Maduro, voltou a ser violenta, como a madrugada anterior. Ao menos quatro pessoas morreram, segundo a polícia e ativistas humanitários. 

Foram reportados protestos em algumas localidades do país —além de Caracas, nos municípios de El Valle, Catia, Los Mecedores e El Junquito. A maioria desses lugares tem predominância de eleitores chavistas, tradicionalmente. Também se ouviram panelaços por toda a capital.

 
A repressão esteve presente por meio das Faes (Forças de Ações Especiais), do Conas (Comando Nacional Antiextorsão e Sequestro), da Polícia Nacional e da Guarda Nacional Bolivariana. 
 
Um dos mortos é o jovem Allixon PIzani, 16, que participava de uma manifestação com queima de pneus, em Catia, Caracas,  segundo o Observatório de Conflitos Sociais (OVCS). As outras mortes foram registradas no estado de Bolívar, no sul do país.

Em San Felix, ao sul do país, foi incendiada uma estátua de Hugo Chávez. O busto apareceu horas depois, dependurado num poste da cidade.

Já nesta quarta-feira (23), as ruas amanheceram calmas, com grupos começando a se mobilizar. A perspectiva de que choverá ao longo do dia, por ora, não desanima os organizadores, que vêm convocando as pessoas por meio da internet.

Nas estradas que dão acesso a Caracas, foram colocadas barreiras para controlar a entrada de manifestantes. Na via que une El Junquito à capital, houve enfrentamento com a Guarda Nacional e uso de armas de fogo. Ainda não há confirmação de mortos ou feridos.

O protesto ocorre neste 23 de janeiro em homenagem à data em que foi derrubada a ditadura de Pérez Jimenez (1953-1958).

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