A noite que antecedeu a marcha deste dia 23 de janeiro na Venezuela, conclamada pela Assembleia Nacional para pedir a renúncia do ditador Nicolás Maduro, voltou a ser violenta, como a madrugada anterior. Ao menos quatro pessoas morreram, segundo a polícia e ativistas humanitários.
Foram reportados protestos em algumas localidades do país —além de Caracas, nos municípios de El Valle, Catia, Los Mecedores e El Junquito. A maioria desses lugares tem predominância de eleitores chavistas, tradicionalmente. Também se ouviram panelaços por toda a capital.
Em San Felix, ao sul do país, foi incendiada uma estátua de Hugo Chávez. O busto apareceu horas depois, dependurado num poste da cidade.
Já nesta quarta-feira (23), as ruas amanheceram calmas, com grupos começando a se mobilizar. A perspectiva de que choverá ao longo do dia, por ora, não desanima os organizadores, que vêm convocando as pessoas por meio da internet.
Nas estradas que dão acesso a Caracas, foram colocadas barreiras para controlar a entrada de manifestantes. Na via que une El Junquito à capital, houve enfrentamento com a Guarda Nacional e uso de armas de fogo. Ainda não há confirmação de mortos ou feridos.
O protesto ocorre neste 23 de janeiro em homenagem à data em que foi derrubada a ditadura de Pérez Jimenez (1953-1958).
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