O premiê canadense, Justin Trudeau, anunciou nesta segunda-feira (4) um pacote de 53 milhões de dólares canadenses (R$ 148 milhões) em ajuda humanitária para a Venezuela.
A ajuda canadense buscará "responder às necessidades mais urgentes dos venezuelanos, principalmente os mais de 3 milhões de refugiados", afirmou Trudeau.
O anúncio ocorreu em meio a uma reunião em Ottawa do Grupo de Lima, formado por 14 países das Américas, dos quais apenas o México não reconhece o líder do Legislativo venezuelano, Juan Guaidó, como presidente interino da Venezuela.
"O grosso desses fundos se destinará a sócios confiáveis e países vizinhos para ajudá-los a apoiar a Venezuela e os venezuelanos", disse o líder canadense. "Hoje o Grupo de Lima envia uma mensagem clara de apoio ao povo venezuelano enquanto traçam seu próprio futuro."
Em novembro, a ONU havia liberado US$ 6,5 milhões (R$ 24 milhões) em ajuda humanitária para Caracas, com outros US$ 2,6 milhões (R$ 9,5 milhões) aprovados para futura liberação.
O governo Donald Trump também mobilizou ajuda, segundo declaração do conselheiro de segurança nacional dos EUA, John Bolton.
Mais cedo no sábado, Guaidó havia dito que ajuda humanitária chegaria para o país nas fronteiras da Venezuela com o Brasil e com a Colômbia e em uma ilha não identificada no Caribe, sem dar detalhes.
Reino Unido, França, Alemanha, Espanha e outros países europeus reconheceram nesta segunda-feira (4) Guaidó como presidente encarregado da Venezuela, depois de expirado o prazo dado pelos líderes europeus ao ditador Nicolás Maduro para a convocação de novas eleições. Maduro foi reeleito em maio para mais seis anos no comando do país, em um pleito boicotado pela oposição e marcado por denúncias de fraudes.
A Venezuela vive uma crise socioeconômica sem precedentes em sua história, com hiperinflação, emigração em massa, desnutrição e colapso do sistema de saúde e de outros serviços públicos.
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