Os deputados do Partido Popular Europeu (direita), que teve a entrada na Venezuela impedida pelo governo de Nicolás Maduro no domingo (17), tentarão ter acesso ao país via Colômbia no próximo sábado (23), levando a ajuda humanitária que tentam entregar ao líder oposicionista Juan Guaidó.
Em vídeo publicado uma conta de Guaidó em rede social , Pons aparece ao lado de três colegas denunciando a expulsão pelo governo de Maduro.
Ele chefiou a delegação de cinco eurodeputados —além de Pons, os espanhóis José Ignacio Salafranca e Gabriel Mato Adrover, a holandesa Esther de Lange e o português Paulo Rangel— do Partido Popular Europeu (PPE). Todos foram barrados pelo governo do ditador Nicolás Maduro.
A delegação havia sido convidada por Guaidó, que foi reconhecido como presidente da Venezuela por mais de 50 países. O objetivo era se encontrar com ele, com ONGs e tentar visitar o líder da oposição preso Leopoldo López, explicou o espanhol.
Pons pediu à União Europeia e à Espanha que abandonassem o Grupo de Contato dos países da Europa e da América Latina, que defende novas eleições presidenciais como solução pacífica para a crise na Venezuela.
Ele também pediu que a UE retire as credenciais dos embaixadores de Maduro em países europeus e aplique sanções a seu chanceler, Jorge Arriaza, que acusou os deputados de tentar visitar a Venezuela "com fins conspiratórios".
Nesta segunda-feira (18), Espanha e França condenaram a decisão do governo de Maduro de impedir a entrada dos deputados.
"Condenamos a atitude do governo da Venezuela, Sr. Maduro. Governo que não os deixou entrar. Nós fizemos o nosso melhor para que isso aconteça", lamentou Josep Borrell, ministro dos Assuntos Exteriores de Espanha, quando chegou a uma reunião com outros políticos europeus em Bruxelas.
O ministro explicou que o embaixador da Espanha na Venezuela fez todos os arranjos possíveis para solicitar e facilitar a entrada desses parlamentares. "A última novidade é que eles não conseguiram entrar", lamentou.
O chanceler venezuelano Jorge Arreaza publicou em rede social, por meio dos canais oficiais diplomáticos, que "o grupo de deputados que pretendia visitar o país com propósitos conspiratórios, que não seria admitido e foram convidados a desistir e evitar outra provocação".
O chanceler francês, Jean-Yves Le Drian, também expressou protestos pela decisão de impedir a entrada de parlamentares europeus, quando chegou a reunião em Bruxelas, onde o grupo discute a situação da Venezuela.
Presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, um defensor da oposição venezuelana, lamentou a decisão de Maduro e pediu que a União Europeia adote "medidas de resposta consistentes com esta nova afronta".
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