Descrição de chapéu Venezuela

Dobra o número de desertores venezuelanos na Colômbia

Até agora 326 militares e policiais pediram asilo do outro lado da fronteira

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Cúcuta (Colômbia) | Reuters

Subiu para 326 o número militares que desertaram das Forças Armadas da Venezuela e cruzaram a fronteira para a Colômbia, informaram nesta terça-feira (26) as autoridades de imigração colombianas.

As deserções acontecem após uma frustrada operação internacional de entrega de ajuda humanitária, organizada pela oposição política ao ditador Nicolás Maduro. 

Soldado da Guarda Nacional venezuelana que desertou para a Colômbia é escoltado por um policial colombiano em Cúcuta, Colômbia
Soldado da Guarda Nacional venezuelana que desertou para a Colômbia é escoltado por um policial colombiano em Cúcuta, Colômbia - Marco Bello - 25.fev.19/REUTERS

Desde o último fim de semana, foram registrados confrontos nas fronteiras da Venezuela com Colômbia e Brasil, quando caminhões e manifestantes tentaram romper os bloqueios militares para fazer entrar a ajuda humanitária.

Segundo o representante do departamento colombiano de Santander, Christian Krüger, os policiais e militares que desertam vão em busca de comida e fogem da "pressão" de milícias que apoiam o ditador.

Krüger disse que "alguns" dos soldados chegam "com suas armas, seus uniformes, à paisana ou com suas famílias".

O funcionário disse que a Colômbia avalia o histórico de cada um. Enquanto isso, eles recebem um salvo-conduto temporário.

O líder da oposição, Juan Guaidó, reconhecido como presidente por 50 países, ofereceu anistia aos membros das Forças Armadas de romperem com o regime. O apoio militar é a base do governo do ditador venezuelano.

As primeiras deserções ocorreram no sábado, antes de Guaidó anunciar da Colômbia a saída da ajuda em caminhões com alimentos e suprimentos médicos doados pelos Estados Unidos.

No entanto, a operação esbarrou no forte bloqueio imposto por Maduro.

Segundo levantamento feito pela Reuters, a Venezuela tem 365.315 soldados e 1,6 milhão de milicianos. Embora Maduro enfrente pressão externa para deixar o governo, ele se mantém por conta do apoio militar.

Do lado brasileiro da fronteira, são sete os sargentos venezuelanos que fugiram para o Brasil desde o fim de semana. 

Também chegou a Pacaraima essa semana um policial municipal acompanhado da esposa e de três filhos, após percorrem a pé por cerca de cinco horas uma trilha alternativa para cruzar os limites entre os dois países, já que a fronteira oficial está fechada desde a quinta-feira passada por ordem de Maduro.

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