O governo dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira (25) sanções contra quatro governadores de estados venezuelanos ligados ao regime de Nicolás Maduro, pela obstrução da entrega de ajuda humanitária.
Por nota, o Departamento de Estado disse que "o ilegítimo regime de Maduro impediu que a ajuda humanitária, desesperadamente necessária, entrasse na Venezuela e se envolveu em corrupção em detrimento do povo venezuelano, em alguns casos envolvendo violações de direitos humanos".
O anúncio não especificou quais punições foram aplicadas. Os governadores sancionados são Omar Prieto (do estado de Zulia), Rafael Lacava (Carabobo), Ramon Carrizalez (Apure) e Jorge Garcia Carneiro (Vargas).
Na nota, o governo dos EUA "reafirma nosso chamado aos funcionários venezuelanos e forças de segurança para permitir que a comida e os remédios entrem e sejam distribuídos pelo país".
"As sanções dos Estados Unidos não precisam ser permanentes, elas pretendem mudar comportamentos", diz o Departamento de Estado.
O anúncio ocorre depois da tentativa de entrega humanitária organizada pela oposição neste sábado (23), que foi contida pelas forças de Maduro nas fronteiras com a Colômbia e o Brasil.
Nesta segunda (25), Mike Pence, vice-presidente dos EUA, participa de um encontro do Grupo de Lima, conjunto de 14 países das Américas. Realizado em Bogotá, na Colômbia, o encontro busca uma solução para a crise na Venezuela.
Pence também se reunirá com Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela por mais de 50 países, incluindo Estados Unidos e Brasil.
Também nesta segunda, os EUA pediram ao Conselho de Segurança da ONU que se reúna na terça (26) para discutir a situação da Venezuela, disseram diplomatas à agência Reuters.
Os Estados Unidos têm pressionado o Conselho de Segurança a pedir formalmente novas eleições na Venezuela, para que assim sejam realizadas de forma justa, livres e confiáveis.
No entanto, China e Rússia, aliadas de Maduro, devem bloquear qualquer iniciativa mais contundente contra a Venezuela.
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