França irá reconhecer Guaidó se Maduro não chamar eleições, diz ministra

Paris afirma que ditador tem até a noite deste domingo (3) para se comprometer com votação

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Paris | AFP

A França irá reconhecer o líder da oposição Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela caso Nicolás Maduro não anuncie uma votação presidencial até a noite deste domingo (3), afirmou a ministra francesa de Assuntos Europeus, Nathalie Loiseau.

"Se até a noite Maduro não se comprometer com a organização de eleições presidenciais, então a França irá considerar Juan Guaidó como legítimo para organizá-las em seu lugar e nós iremos considerá-lo como o presidente interino até as eleições legítimas", disse ela à rede de televisão LCI neste domingo.

"A eleição de Maduro em maio passado foi uma farsa, uma ficção", continuou ela, para explicar o posicionamento do país em relação à Venezuela.

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A ministra Nathalie Loiseau, da pasta de Assuntos Europeus - Geoffroy van der Hasselt/AFP

Seis países da União Europeia —além da França, Alemanha, Espanha, Holanda, Portugal e Reino Unido— haviam dado um ultimato para que Maduro convocasse uma eleição presidencial, com prazo que expira neste domingo. O chefe de Estado venezuelano voltou a propor eleições legislativas antecipadas em resposta a essa pressão, mas não cedeu quando ao pleito para a Presidência.

Em 23 de janeiro, Guaidó, presidente da Assembleia Nacional, proclamou-se presidente interino da Venezuela e obteve apoio de países como Estados Unidos, Brasil, Colômbia e, nesta semana, do Parlamento Europeu.

A manifestação da ministra francesa é mais uma fonte de pressão para a saída do ditador venezuelano. Neste sábado (2), Francisco Estéban Yánez Rodríguez tornou-se o primeiro general da ativa do país a reconhecer publicamente Guaidó  como presidente venezuelano, exortando outros militares a desertarem de Maduro.

Também no sábado, dezenas de milhares de venezuelanos contrários ao regime de Maduro protestaram em Caracas e em outras cidades do país, enquanto apoiadores do regime também fizeram seus próprios atos para marcar os 20 anos da chegada de Hugo Chávez ao poder pela primeira vez.

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