Descrição de chapéu The New York Times

Nigéria reelege Muhammadu Buhari e rejeita opositor marcado por corrupção

Eleição deixou 39 mortos e 128 presos, segundo grupos da sociedade civil

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Dionne Searcey
Abuja (Nigéria) | The New York Times

O presidente da NigériaMuhammadu Buhari, foi reeleito para um segundo mandato à frente do país mais populoso da África, onde eleitores rejeitaram o candidato da oposição, marcado por escândalos de corrupção, em favor do líder que prometeu continuar o combate contra propinas. 

Pouco após a meia-noite de quarta-feira (27), no horário local, as autoridades responsáveis pelo processo eleitoral finalizaram a contagem dos votos. Buhari derrotou Atiku Abubakar por uma ampla margem em um pleito marcado por episódios de violência

Muhammadu Buhari veste trajes tradicionais e fala em microfone de emissoras de TV
O presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, foi reeleito para um segundo mandato à frente do país mais populoso da África - Pius Utomi Ekpei - 23.fev.2018/AFP

Grupos da sociedade civil locais detectaram uma série de irregularidades durante a votação no último sábado (23), mas observadores internacionais afirmaram no início da semana que os problemas provavelmente não tiveram alcance suficiente para afetar o resultado. 

Apoiadores de Abubakar acusaram o partido de Buhari de falsificar títulos eleitorais e rejeitaram os resultados da votação de alguns estados.

Na noite de terça-feira (26), o partido do candidato derrotado exigiu que a contagem dos votos fosse interrompida. 

Segundo organizações não-governamentais, ao menos 39 pessoas foram mortas no dia da eleição em várias partes do país. Uma das vítimas era um jovem que trabalhava na seção eleitoral e foi atingido por uma bala perdida. 

As eleições na Nigéria foram em grande parte um referendo sobre a honestidade dos candidatos. Os nigerianos novamente se mobilizaram em torno de um candidato que levou uma vassoura aos comícios e prometeu "varrer" a corrupção que tem manchado a reputação do país no exterior. 

Abubakar, 72, é um ex-vice-presidente que os Estados Unidos consideram tão corrupto que lhe negaram por vários anos vistos de entrada no país. 

Mas sua campanha focou uma questão que era importante para muitos eleitores: melhorar a economia. Suas propostas incluíam privatizar alguns serviços prestados pelo governo e adotar um câmbio flutuante. 

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