Anac pede explicações para Gol e Boeing antes de decidir sobre 737 Max

Companhia aérea é a única que possui modelos dessa aeronave em sua frota no Brasil

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Brasília

A Agência Nacional de Aviação (Anac) acionou a americana Boeing e a companhia aérea brasileira Gol para avaliar se deve suspender a operação do modelo 737 Max 8 da fabricante americana no país.

Por meio de sua assessoria, o regulador somente informou que “mantém contato com a empresa fabricante da aeronave, com a autoridade que originalmente a certificou, bem como o operador brasileiro”.

Ainda segundo o regulador, a Gol é a única empresa aérea que possui modelos dessa aeronave em sua frota. O 737 Max 8 começou a voar comercialmente em 2017.

Preventivamente, diversas companhias aéreas no exterior decidiram suspender o uso desse avião depois da ocorrência de dois acidentes em menos de cinco meses.

O mais recente, neste domingo (10), vitimou 157 passageiros seis minutos após a decolagem do aeroporto de Adis Abeba, capital da Etiópia, rumo a Nairóbi, no Quênia. O voo era operado pela Ethiopian Airlines.

O primeiro acidente, em outubro do ano passado, envolveu uma aeronave da Lion Air que também caiu pouco após a decolagem do aeroporto de Jacarta, na Indonésia, matando 189 pessoas.

A investigação sobre as causas desse acidente não foi concluída. Pilotos que operam esse modelo de aeronave disseram aos investigadores ter enfrentado problemas com um sistema informatizado que impede o avião de parar no ar.

A chamada trava “antiparada” forçaria o nariz do avião para baixo mesmo com o esforço dos pilotos em corrigir a manobra.

Pessoas que participam das discussões entre Anac e Gol afirmam que a companhia brasileira afirmou que seus pilotos passaram por um treinamento exaustivo envolvendo esse tipo de situação de risco e não haveria motivo para a retirada das aeronaves de uso neste momento.

Ainda segundo a companhia para a Anac, ainda não é possível afirmar se o segundo acidente foi provocado pelo mesmo problema.

Por isso, a Gol disse preferir esperar a conclusão das investigações para tomar uma decisão. Isso levou a Anac a solicitar mais informações à Boeing e à FAA, agência americana de aviação.

Mesmo sem o resultado das investigações, a China, a Índia e a Etiópia decidiram banir o uso desse avião até que o caso seja plenamente esclarecido, aumentando ainda mais a pressão sobre a americana Boeing.

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