Descrição de chapéu Governo Bolsonaro

Bolsonaro jantará com grandes empresários durante visita aos Estados Unidos

Maioria dos convidados a evento VIP é membro do Conselho Empresarial Brasil-EUA

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O presidente Jair Bolsonaro após reunião com o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, em Brasília
O presidente Jair Bolsonaro após reunião com o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, em Brasília - Pedro Ladeira - 12.mar.19/Folhapress
 
São Paulo e Washington

O presidente Jair Bolsonaro participará de um jantar VIP para grandes empresários em Washington, na segunda-feira (18).

Entre os convidados do encontro, promovido pela US Chamber of Commerce, estão a presidente da Boeing América Latina, Donna Hrinak, o presidente da Embraer nos EUA, Gary Spulak, e o CEO da gigante do alumínio Alcoa, Roy Harvey.

A maioria dos convidados integra o Conselho Empresarial Brasil-EUA e a US Chamber of Commerce.

Para isso, pagam uma taxa anual de US$ 15 mil a US$ 25 mil (cerca de R$ 57 mil a R$ 95 mil), sendo que apenas os denominados “premium”, que pagam o valor maior, têm acesso aos eventos mais exclusivos.

Também participarão do jantar com Bolsonaro personalidades influentes nas relações entre Brasil e Estados Unidos, como o ex-embaixador no Brasil Anthony Harrington, presidente do conselho do Albright Stonebridge Group —consultoria da ex-secretária de Estado Madeleine Albright—, e Mack McLarty, diretor do conselho da consultoria McLarty Associates e ex-chefe de gabinete no governo Bill Clinton.  

Estarão presentes ainda representantes de setores e empresas com grandes interesses no Brasil, como Chris Padilla, vice-presidente da IBM, Joel Velasco, vice-presidente sênior da UnitedHealth Group, Leonardo Moreno, presidente da empresa de energia AES, e Jane Fraser, presidente do Citigroup para América Latina e da seccional Brasileira do Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos.

Antes do jantar haverá um evento empresarial na parte da tarde chamado “Dia do Brasil em Washington”, com a participação do secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross.

Ross é responsável pela investigação que resultou em cotas contra o aço do Brasil e outros países.

Ele também supervisionou outra investigação, cujo resultado será divulgado em breve e que deve resultar em tarifas sobre a exportação de autopeças do Brasil e outros países.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, falará sobre “o futuro da economia brasileira”.  

A portas fechadas, Guedes também vai se reunir com empresários para ”vender” a reforma da Previdência brasileira e os pacotes de modernização.

Apesar dos esforços do ministro da Economia, inclusive para estabelecer um acordo de livre-comércio entre Brasil e EUA, empresários e investidores estão céticos quanto a resultados concretos na área comercial.

Guedes vai trabalhar para que haja um aceno à abertura das negociações para o livre-comércio, o que deve acontecer, mas nenhuma ação mais objetiva é esperada entre os que acompanham a preparação da visita.

A prioridade do governo brasileiro será a busca de investimentos no país.

O ministro da Economia tentará passar a mensagem de um país reformista, com credenciais para entrar na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) —o Brasil quer o apoio dos EUA para entrar no órgão, mas avalia que somente uma declaração direta de Trump deslancharia o processo.

Bolsonaro também tem uma audiência com o ex-secretário do Tesouro, Henry Paulson, próximo a Guedes. 

O chanceler Ernesto Araújo participará de uma mesa intitulada “A era de Trump e Bolsonaro: um novo começo para as relações Brasil-Estados Unidos”.

Araújo também apresentará o discurso do presidente, Jair Bolsonaro, marcado para as 17h50.

Erramos: o texto foi alterado

Por erro da Redação, versão anterior deste texto afirmava incorretamente que a ex-secretária de Estado dos EUA Madeleine Albright foi embaixadora no Brasil. A informação foi corrigida.

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