Descrição de chapéu Venezuela

'Nós vamos derrotar a minoria, estejam certos disso', diz Nicolás Maduro

Ditador quebrou silêncio em relação ao retorno de Guaidó e convocou protestos para sábado

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Caracas | Reuters e AFP

“Nós vamos derrotar a minoria, estejam certos disso”, disse o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, nesta terça (5). “Nada nem ninguém pode perturbar a paz da República”, completou, durante cerimônia de comemoração ao sexto aniversário da morte de seu antecessor, Hugo Chávez.

Esta foi a primeira manifestação pública de Maduro desde o retorno do líder oposicionista, Juan Guaidó, à Venezuela, na segunda (4), quebrando um silêncio de mais de 24 horas. 

O ditador também convocou seu partidários para uma "marcha anti-imperialistas" no sábado (9). Maduro declarou 9 de março como o dia do anti-imperialismo, depois que, nesta data, em 2015, o então presidente americano Barack Obama emitiu um decreto afirmando que a Venezuela era uma "ameaça incomum e extraordinária para a segurança" dos Estados Unidos. 

Também no sábado (9) são esperadas marchas populares convocadas pelo seu opositor, que disse que era hora de "cessar a usurpação" de poder na Venezuela.

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, durante manifestação pró-regime em Caracas
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, durante manifestação pró-regime em Caracas - Yuro Cortez - 23.fev.19/AFP

Até então, Maduro não havia feito qualquer comentário em suas redes sociais a respeito do retorno triunfal de Guaidó a Caracas. O oposicionista voltou ao país de maneira pacífica após uma semana de visitas a nações sul-americanas para angariar apoio contra o chavista.

Guaidó se reuniu nesta terça (5), no Colégio de Engenheiros, em Caracas, com representantes de mais de 16 sindicatos de empregados públicos do país, com o objetivo de convocar uma greve que paralise o governo, aumentando a pressão sobre o ditador. 

Os sindicatos "propuseram iniciar uma série de paralisações escalonadas" para "restaurar a democracia e alcançar a liberdade", de acordo com nota divulgada pela Assembleia Nacional depois do encontro. O órgão, de maioria opositora, é presidido por Guaidó e teve seus poderes esvaziados por Nicolás Maduro.

“Chegou o momento de brecar um regime que oprime nossos trabalhadores”, escreveu Guaidó nas redes sociais. “Nossos funcionários públicos querem poder viver de seu trabalho e que haja um patrão que respeite seus direitos trabalhistas”, completou. 

Ao longo do dia, o líder da oposição publicou uma série de trechos de falas de sindicalistas, entre os quais funcionários da chancelaria, da estatal elétrica (Corpoelec) e do Conselho Nacional Eleitoral. Também estiveram no encontro representantes dos setores da saúde, educação, transporte e petróleo.

"É necessária uma mudança política para reativar o setor elétrico, que hoje está paralisado em 70%. Na Corpoelec, há mais de 29 dirigentes sindicais com salários suspensos por expressarem sua insatisfação", disse Reynaldo Díaz, representante sindical do setor de eletricidade de Caracas.

Iván Freites, do sindicato da petroleira PDVSA, denunciou a demissão de 53 trabalhadores da estatal. 

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