Trump foi quem me chamou para o Salão Oval, diz Eduardo Bolsonaro

Filho do presidente, deputado foi único acompanhante do brasileiro em reunião reservada na Casa Branca

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Washington

O único acompanhante de Jair Bolsonaro no Salão Oval da Casa Branca foi o filho do presidente, Eduardo Bolsonaro, que ganhou protagonismo na visita do líder brasileiro aos Estados Unidos.

Para a reunião nesta terça-feira (19) com o presidente Donald Trump, a mais esperada de sua viagem a Washington, Bolsonaro não levou nenhum de seus ministros —nem mesmo o de Relações Exteriores, Ernesto Araújo. Segundo o chanceler, sua presença não estava prevista no encontro. 

"Nem o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, estava presente." Pompeo, porém, viajou ao exterior e não participou de nenhum dos compromissos de Bolsonaro em seu país.

O presidente dos EUA, Donald Trump, à dir., ao lado de Jair Bolsonaro e o filho do brasileiro, à esquerda, Eduardo Bolsonaro
O presidente dos EUA, Donald Trump, à dir., ao lado de Jair Bolsonaro e o filho do brasileiro, à esquerda, Eduardo Bolsonaro - Isac Nóbrega/PR/Divulgação

Com o presidente brasileiro, entraram apenas um intérprete e Eduardo —que fala inglês. Já do lado americano, estavam presentes um tradutor, o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, e Kim Brier, do Departamento de Estado dos EUA.

O filho do presidente afirmou à Folha que o convite para participar da reunião reservada foi do próprio Trump: "Ele disse ao Jair: 'chame seu filho para entrar'".

Durante a entrevista coletiva após a reunião na Casa Branca, Trump fez outra deferência a Eduardo. Pediu que o deputado, na plateia, se levantasse. Disse então que ele estava fazendo "um excelente trabalho".

Foi também Eduardo quem fechou os detalhes para que seu pai acompanhasse Sergio Moro na sede da CIA na manhã de segunda-feira (18), em agenda que, por horas, não foi divulgada pela assessoria do Planalto.

Na agência americana de inteligência, a comitiva de Bolsonaro se encontrou com a diretora do órgão, Gina Haspel, cuja nomeação para o cargo por Trump causou protestos. Ela era responsável por prisões secretas da CIA, em que interrogadores usavam sistematicamente a tortura como forma de extrair confissões de acusados de terrorismo.

Eduardo foi eleito presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara e tem atuado como espécie de chanceler informal do governo do pai, articulando encontros com políticos, empresários e investidores americanos.

Em sua conta no Twitter, Eduardo disse que não está "numa competição" com Araújo e que todos os seus passos na área internacional serão dados sob orientação do ministro.

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