Um incêndio florestal gigantesco na Coreia do Sul, perto da fronteira norte-coreana, obrigou o governo a decretar estado de catástrofe natural, algo incomum no país.
Quase 4.000 pessoas foram retiradas da região, afirmaram nesta sexta-feira (5) as autoridades, que divulgaram um balanço de um morto e 11 feridos.
O incêndio começou na quinta-feira (4) à noite em uma estrada de Goseong, Nordeste do país, a 45 quilômetros da Zona Desmilitarizada (DMZ) que marca a divisa com a Coreia do Norte.
Atiçado pelos fortes ventos, o incêndio se alastrou rapidamente pela região montanhosa, onde 400 casas e 500 hectares foram reduzidos a cinzas, segundo o governo.
Quase 10 mil bombeiros, auxiliados por 870 caminhões, foram mobilizados. O Exército enviou 32 helicópteros e 16,5 mil militares.
"Felizmente, o principal foco está sob controle", afirmou o governador da província, Choi Moon-soon, antes de citar outros incêndios na região.
A declaração de estado de catástrofe natural permite a liberação de ajuda de emergência e a proibição de acesso às zonas de maior perigo.
Esta é a primeira vez desde 2007 que Seul declara estado de catástrofe natural. Naquela ocasião, a medida foi motivada pelo vazamento de petróleo no mar.
O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, pediu às autoridades locais que entrem em contato com a Coreia do Norte caso o incêndio avance para o território do país vizinho.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.