Londres amplia pedágio urbano e passa a cobrar R$ 63 de carros mais antigos

Medida visa aumentar combate à poluição do ar na capital inglesa

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Trânsito em Londres às margens do rio Tâmisa - Hannah McKay - 29.ago.2017/Reuters
Londres e São Paulo | Reuters

Motoristas de veículos mais antigos e mais poluentes terão de pagar 12,50 libras (R$ 63) para entrar no centro de Londres a partir desta segunda-feira (8). O objetivo da cidade é melhorar a qualidade do ar.

A taxa será aplicada a carros e vans a diesel fabricados antes de 2015 ou que não atendam ao padrão de motores Euro 6, além de carros e vans a gasolina feitos antes de 2006 (ou fora do padrão Euro 4) e motos produzidas antes de 2007.

Caminhões e ônibus fora do padrão Euro 6, adotado na Europa em 2015, terão de pagar 100 libras (R$ 505) por dia.

Os padrões Euro são conjuntos de normas que determinam o nível máximo de poluentes que cada motor pode emitir. A cada nova edição do padrão Euro, aumenta a exigência para que sejam gerados menos resíduos tóxicos. 

No Brasil, uma norma federal em vigor desde 2012 determina que os automóveis novos sigam regras de emissão baseadas no padrão Euro 5. 

A TfL (Transport for London), que gerencia o transporte e o trânsito londrinos, estima que 40 mil veículos serão afetados por dia. 

Além da nova taxa, exigida 24 horas por dia, em todos os dias do ano, há também a cobrança de pedágio urbano, durante o dia, de segunda a sexta-feira, de 11,50 libras (R$ 58). Assim, dependendo do horário, os veículos mais velhos terão de pagar as duas cobranças.

O pagamento pode ser feito via aplicativo ou por telefone. É possível também configurar uma cobrança automática, que debita o valor a cada vez que o motorista entrar na zona restrita. A fiscalização é feita por câmeras que fazem a leitura das placas dos veículos. 

A área de cobrança, chamada de ULEZ (Zona de Emissões Ultra Baixas), inclui a estação de King's Cross, o palácio de Buckingham, a City (distrito financeiro) e o Museu Imperial de Guerra.

A ULEZ será estendida para a área metropolitana de Londres em 2021. A expectativa da TfL é reduzir as emissões poluentes do trânsito em 45% em dois anos. 

"Nosso ar tóxico é um assassino invisível, responsável por uma das maiores emergências nacionais de saúde da nossa geração", disse o prefeito Sadiq Khan.

"A ULEZ é a peça central de nossos planos para limpar o ar de Londres, os planos mais fortes de qualquer cidade no planeta, e os olhos do mundo estão em nós", prosseguiu Khan.

Na semana passada, a cidade de Nova York aprovou a criação de um pedágio urbano, com o objetivo de obter recursos para custear o transporte público

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