Odebrecht é proibida de participar de obras públicas no México por três anos

Empresa já havia sido multada em US$ 50 milhões por acusações de corrupção

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Cidade do México | AFP

O governo do México determinou que a Odebrecht e uma subsidiária mexicana da construtora brasileira estão impedidas de participar de licitações para obras públicas no país por três anos, informou a Secretaria da Função Pública (SFP).

O impedimento estabelece que a empreiteira não poderá negociar com instituições da administração pública mexicana, empresas do estado, governos estaduais e nem com a Procuradoria-Geral, de acordo com o comunicado da SFP divulgado na sexta-feira (27).

A Odebrecht está no centro de um gigantesco escândalo de corrupção que atingiu vários níveis de poder e da política na América Latina e que levou para a prisão ex-presidentes e altos funcionários em países como Peru, Colômbia e Brasil.

Logo da Odebrecht em um de seus escritórios no México - Carlos Jasso - 4.mai.2017/Reuters

No México, apenas Emilio Lozoya, ex-diretor da estatal Pemex, foi interrogado pela Justiça após ser acusado de receber mais de US$ 10 milhões da construtora, quando trabalhava como um dos chefes da campanha do ex-presidente Enrique Peña Nieto (2012-2018).

Em fevereiro, o procurador Alejandro Gertz afirmou que iria reiniciar a investigação sobre a Odebrecht, após mais de um ano de interrupção.

A SFP destacou que a decisão sobre a subsidiária mexicana Odebrecht Ingeniería y Construcción Internacional se deu porque a empresa apresentou informação falsa na alteração de um contrato.

Já a Construtora Norberto Odebrecht foi multada por superfaturamento em obras para a Pemex Refinaria, uma das unidades de negócios de Pemex.

O governo mexicano já havia proibido no ano passado que entidades governamentais fizessem negócios com a empresa brasileira por um período de dois anos e meio, após aplicar multas de mais de US$ 50 milhões por supostos atos de corrupção.

Em outubro, a Odebrecht se ofereceu a pagar US$ 18 milhões de dólares para voltar a fazer contratos com o governo mexicano e seus organismos, mas a proposta foi recusada.

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