O presidente Donald Trump vetou nesta terça-feira (16) resolução do Congresso que determinava o fim do envolvimento dos EUA no conflito no Iêmen, afirmou a Casa Branca.
"Essa resolução é uma tentativa perigosa e desnecessária de enfraquecer minhas autoridades constitucionais, colocando em risco as vidas de cidadãos e militares americanos, tanto hoje como no futuro", afirmou Trump na mensagem de veto.
Trata-se do segundo de seu mandato. O primeiro, em março, derrubou resolução que barrava sua declaração de emergência nacional nos Estados Unidos para construir um muro na fronteira com o México.
O texto, aprovado pela Câmara dos Representantes em abril e pelo Senado em março, marca a primeira vez que ambas as casas apoiaram uma resolução sobre os Poderes de Guerra, que limita o poder do presidente de enviar tropas para um conflito.
A contagem de votos —247 a 175 na Câmara e 54 a 46 no Senado— não seria suficiente para derrubar o veto presidencial, que exige uma maioria de dois terços em ambas as casas.
Apoiadores da medida afirmam que a campanha liderada pela Arábia Saudita contra o Iêmen piorou a crise humanitária no país e criticam Riad pela morte de civis.
A Arábia Saudita é um dos principais aliados dos EUA no Oriente Médio.
Eles afirmam ainda que o envolvimento americano no Iêmen viola o requisito constitucional de que o Congresso, e não o presidente, deve determinar quando o país vai à guerra.
O Iêmen vive há quatro anos uma guerra civil que colocou em polos opostos a coalizão saudita contra rebeldes houthis apoiados pelo Irã e já matou dezenas de milhares de pessoas.
A ONU disse que o país enfrenta a pior crise humanitária no mundo, com a população à beira da fome.
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