Ataque contra igreja católica deixa seis mortos em Burkina Fasso

Padre que conduzia missa é um dos mortos; grupo abriu fogo no local e depois o incendiou

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Foto de ataques múltiplos na capital de Burkina Fasso em março de 2018, que visava atingir a embaixada da França, o centro cultural francês e o quartel general militar do país
Foto de ataques múltiplos na capital de Burkina Fasso em março de 2018, que visava atingir a embaixada da França, o centro cultural francês e o quartel general militar do país - Ahmed Ouoba/AFP
Uagadugu (Burkina Fasso) | AFP

Um ataque contra uma igreja católica em Burkina Fasso deixou seis mortos na manhã deste domingo (12), incluindo o padre que conduzia uma missa no local.

O ataque ocorreu na cidade de Dablo, na região norte do país, informaram fontes locais e forças de segurança.

"Por volta das 9h, durante a missa, homens armados invadiram a igreja católica e começaram a atirar enquanto os fiéis tentavam fugir", disse o prefeito de Dablo, Usmane Zongo.

Os agressores "conseguiram imobilizar alguns dos fiéis. Mataram cinco pessoas. O padre que celebrou a missa também morreu, elevando o número de mortos para seis", acrescentou. Em seguida, os invasores queimaram a igreja.

Segundo uma fonte de segurança, o ataque foi realizado por "um grupo de homens armados estimado entre 20 e 30".

"Eles queimaram a igreja e depois lojas e maquis [pequenos restaurantes ou bares], antes de invadirem o centro de saúde. Lá, incendiaram o veículo da enfermeira-chefe", disse Zongo.

O ataque ocorre dois dias depois da libertação, no norte de Burkina Fasso, de quatro reféns por forças especiais francesas que perderam dois homens.

No início de março, ataques coordenados atingiram Uagadugu, a capital do país, tendo como alvos a região onde fica o escritório do primeiro-ministro, um batalhão do Exército e a embaixada francesa. 

Cinco militares e três civis morreram. A polícia matou ao menos oito pessoas que participavam dos ataques: quatro no batalhão e quatro na embaixada. Dois criminosos foram presos.

O embaixador francês para o Sahel (região do oeste africano), Jean-Marc Châtaigner, afirmou à época que o ato é um atentado terrorista.

Burkina Fasso tem sofrido uma série de atentados terroristas nos últimos quatro anos, cada vez mais sangrentos e frequentes. 

Em agosto de 2017, 18 pessoas morreram em um ataque contra um restaurante em Uagadugu. A capital já tinha sofrido outro atentado em 2016, quando 30 pessoas foram mortas por militantes ligados a Al Qaeda. Além deste grupo, o Estado Islâmico também tem agido na região. 

A maioria dos ataques são atribuídos a grupos jihadistas, entre eles o Ansarul Islam, o Grupo de Apoio ao Islã e os Muçulmanos (GSIM) e a Organização Estado Islâmico do Grande Saaara (EIGS). 

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