O Departamento dos Transportes dos EUA ordenou nesta quarta-feira (15) a suspensão de todos os voos de passageiros e de carga entre os EUA e a Venezuela, citando relatos de distúrbios e de violência nas proximidades dos aeroportos no país sul-americano.
A decisão foi tomada após pedido feito por carta do Departamento de Segurança Interna que dizia que "as condições na Venezuela ameaçam a segurança dos passageiros, das aeronaves e dos tripulantes viajando de ou para aquele país".
A nota do Departamento dos Transportes cita ainda a falta de acesso da TSA (Administração de Segurança dos Transportes) aos aeroportos venezuelanos para conduzir avaliações de segurança, a crise política e econômica do país, o cancelamento de voos da American Airlines e outras duas companhias; o conselho dado pelo Departamento de Estado de que americanos não viajem à Venezuela e da suspensão das atividades da embaixada, além do risco de ações do regime Maduro contra americanos ou interesses americanos.
O documento é assinado pela secretária Elaine Chao.
Várias companhias internacionais já haviam deixado de voar para a Venezuela, mas empresas domésticas, como a Laser Airlines e a Avior Airlines, operavam a partir de Miami.
Alguns venezuelanos também expressaram preocupação sobre o impacto da proibição para as pessoas que recebem alimentos e outros itens via aviões de carga de parentes que vivem no exterior.
A Laser disse que irá manter os voos para os EUA com uma escala em Santo Domingo, na República Dominicana.
No dia 1º de maio, após a tentativa da oposição de derrubar o ditador Nicolás Maduro, a Administração Federal da Aviação (FAA) já havia proibido voos americanos a uma altura inferior a 26 mil pés no espaço aéreo da Venezuela, citando "as crescentes tensões e instabilidade política".
No fim de março, a American Airlines suspendeu indefinidamente os voos devido aos protestos no país.
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