Facebook bane contas de personalidades de ultradireita e antissemitas

Milo Yiannopoulos, Louis Farrakhan e Alex Jones estão entre os usuários bloqueados permanentemente

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São Paulo | AFP

O Facebook anunciou que baniu permanentemente de suas plataformas pessoas e organizações antissemitas ou de ultradireita por serem considerados "perigosas". Entre eles, estão os militantes de direita Milo Yiannopoulos, Paul  Joseph Watson e Laura Loomer, o editor do blog conspiratório Infowars, Alex Jones, o supremacista branco americano Paul Nehlen e o líder do movimento Nação de Islã, Louis Farrakhan.

Milo Yiannopoulos em foto de 2017
Milo Yiannopoulos em foto de 2017 - Drew Angerer/Getty Images/AFP

A empresa afirmou que removeu as contas, fã pages e grupos afiliados a esses usuários do Facebook e do Instagram após reavaliar o conteúdo que eles postaram previamente ou reexaminar suas atividades fora das redes sociais, afirmou a empresa. A página do Infowars também foi banida.

“Sempre banimos indivíduos ou organizações que promovem ou se engajam com violência e ódio, independentemente de ideologia. O processo de avaliação de potenciais violações das nossas políticas é extenso e nos levou à decisão de remover essas contas hoje", afirma comunicado do Facebook.

A empresa considera "organizações e indivíduos perigosos" aqueles envolvidos em atividades terroristas, de ódio ou violência organizados, assassinos em série ou em massa, tráfico humano ou atividade criminosa, e também aplica essa política a "conteúdo que expresse apoio ou exalte grupos, líderes ou indivíduos envolvidos nessas atividades".

Em 2018, o Facebook já havia retirado do ar temporariamente quatro páginas de Alex Jones, por considerar que glorificam a violência e incitam ao ódio.

Fundador do site InfoWars, Jones é uma personalidade midiática que virou uma celebridade graças às suas teorias da conspiração sobre o ataque a tiros à escola Sandy Hook, em dezembro de 2012.

Desde que Adam Lanza matou 26 pessoas, incluindo 20 crianças, na instituição de Newtown, no estado de Connecticut, Jones afirmou em repetidas ocasiões que o crime foi uma encenação e que os pais das crianças eram atores.

No mês passado, o Facebook havia bloqueado grupos de ultradireita como o Knights Templar International e o Partido Nacional Britânico.

Para Cristina López, subdiretora de extremismo no grupo de vigilância sem fins lucrativos Media Matters for America, o anúncio desta quinta-feira "é um passo na direção correta".

"A maioria das figuras recém-proibidas deveram sua influência ao alcance massivo que lhes foi permitido cultivar por meio do Facebook e do Instagram", afirmou, segundo a AFP. 

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