Dias antes da eleição para o Parlamento europeu , o Facebook afirmou neste domingo (12) o cancelamento de várias contas italianas de sua plataforma por serem falsas ou por disseminar fake news.
A União Europeia já havia alertado sobre interferência estrangeira na campanha eleitoral, e, em abril, a Comissão Europeia pediu a Google, Facebook e Twitter que fizessem mais para lidar com o problema da distribuição de notícias falsas antes da votação —que ocorre entre os dias 23 e 26 de maio.
"Removemos uma série de contas falsas e duplicadas que violavam nossas regras de autenticidade, assim como várias páginas que infringiram as normas de mudança de nome", afirmou um porta-voz do Facebook na Itália.
"Também suspendemos páginas que repetidamente disseminaram informações incorretas", disse, acrescentando que a decisão da empresa se baseou em uma investigação do grupo ativista online Avaaz.
O Avaaz afirmou também neste domingo que a ação do Facebook atingiu 23 contas italianas que somavam 2,5 milhões de seguidores e estavam disseminando "informações falsas e conteúdo para gerar divisões" sobre questões como migração, vacinas e antissemitismo.
Mais de metade das contas suspensas apoiavam tanto o Movimento 5 Estrelas quanto a Liga, os dois partidos que compõem a coalizão do governo federal, disse o grupo.
Buscando evitar uma maior regulação de suas atividades, as gigantes de tecnologia se comprometeram em outubro a combater fake news em suas plataformas. "Estamos empenhados em proteger a integridade das eleições na União Europeia e em todo o mundo", disse o porta-voz do Facebook.
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