A polícia chilena iniciou nesta sexta-feira (24) uma investigação para determinar se houve negligência por parte de policiais após um pedido de ajuda da família brasileira que morreu intoxicada por monóxido de carbono em Santiago, informou o governo.
Ao sentir os primeiros sintomas da intoxicação, cerca de quatro horas antes do falecimento, a família teria telefonado para a polícia para pedir ajuda, mas o policial enviado ao local não encontrou o endereço informado.
A polícia quer esclarecer se houve comunicação com as vítimas e, se de fato ocorreu, como os agentes atuaram após receber o telefonema, informou Andrés Chádwick, ministro do Interior e Segurança.
Um diplomata brasileiro, que encontrou os corpos das vítimas, voltou a telefonar para a polícia, que retornou ao local.
Mauricio Rodríguez, chefe de polícia de Santiago, revelou que toda a informação sobre o caso foi repassada à Promotoria, que iniciou "indagações administrativas" para "estabelecer" se houve negligência por parte do oficial enviado ao apartamento após o primeiro telefonema.
As vítimas, cinco catarinenses e uma goiana, estavam em Santiago para celebrar o aniversário de uma delas e eram da mesma família: um casal, de 41 e 38 anos, seus filhos, de 14 e 13, e o irmão e a cunhada da mãe dos adolescentes, de 30 e 27 anos.
A Superintendência de Eletricidade e Combustível (SEC) do Chile confirmou à AFP que o prédio onde ocorreu a tragédia não tinha o selo verde que avaliza as instalações de gás.
Um comunicado da Airbnb destacou que, apesar de a segurança ser prioridade, são os "anfitriões (donos, ou administradores das casas e apartamentos) que devem se certificar sobre as leis e regulações locais".
A família dos seis turistas brasileiros criou uma campanha de arrecadação para trazer os corpos das vítimas ao Brasil, porém a Airbnb disse que custeará o traslado.
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