Seis turistas brasileiros morrem no Chile após vazamento de gás

Família usou aplicativo para alugar apartamento de temporada em Santiago

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Santiago e São Paulo | AFP

Seis turistas brasileiros morreram nesta quarta-feira (22) em Santiago, no Chile, por inalação de gás. O grupo estava de férias e havia alugado um apartamento no centro da cidade por meio de um aplicativo.

Os turistas brasileiros estavam a passeio no país havia cerca de uma semana. O grupo tinha dois casais e dois adolescentes. Seus nomes eram Fabiano de Souza, 41, e Débora Muniz Nascimento de Souza, 38, e os filhos Karoliny Nascimento de Souza, que faria 15 anos nesta sexta (24), e Felipe Aílton Nascimento de Souza, 13. Eles moravam em Biguaçu, SC.

O outro casal era formado pelo catarinense Jonathas Nascimento Kruger, 30, irmão de Débora, e a esposa dele, Adriane Kruger, 27, natural de Goiânia. 

Da esq. p/ a dir.: Felipe, Débora Muniz, Fabiano de Souza e Carol, que morreram após vazamento de gás no Chile
Da esq. p/ a dir.: Felipe, Débora Muniz, Fabiano e Karoliny de Souza, que morreram após vazamento de gás no Chile - Reprodução/Facebook

De acordo com o Itamaraty, a família dos brasileiros recebeu telefonemas durante a tarde de quarta (22), em que seus parentes falavam coisas desconexas e sem sentido.

Alarmados, entraram em contato com a polícia brasileira. Um delegado de Florianópolis, por sua vez, acionou o consulado brasileiro no Chile, que enviou um representante ao apartamento.

O diplomata chegou ao local acompanhado de agentes da polícia, que tiveram que forçar a entrada no imóvel depois que ninguém respondeu à campainha.

Jonathas Kruger e Adriane Krueger, casal que morreu em vazamento de gás no Chile
Jonathas Kruger e Adriane Krueger, casal que morreu em vazamento de gás no Chile - Reprodução/Facebook

Foram encontrados seis corpos: quatro adultos e dois adolescentes, de 13 e 14 anos. As janelas do apartamento, que fica no sexto andar, estavam fechadas.

"Constatamos que havia seis pessoas mortas, quatro adultos e dois menores de idade, e que provavelmente suas mortes foram causadas por um vazamento de gás", disse o comandante Rodrigo Soto à imprensa local. 

O prédio, localizado na esquina das ruas Santo Domingo e Mosqueto, no centro de Santiago, foi esvaziado, assim como os imóveis próximos.

Público observa ação de bombeiros chilenos no prédio onde seis brasileiros morreram em Santiago
Público observa ação de bombeiros chilenos no prédio onde seis brasileiros morreram em Santiago - Karin Pozo/Aton Chile / AFP

Bombeiros testaram o ar dentro do apartamento e encontraram altas concentrações de monóxido de carbono, um gás incolor e inodoro cuja inalação pode levar à morte. Foi aberta uma investigação sobre o incidente.

Autoridades chilenas ainda não identificaram a causa do vazamento do gás nem seu local exato. Tampouco se sabe por quanto tempo os brasileiros foram expostos a ele.

O Itamaraty informou que serão realizados exames para identificação dos corpos e determinação da causa das mortes. 

No início da tarde de quinta (22), o Airbnb disse que pagará pelo translado dos corpos. O anúncio veio depois que a família dos turistas criou campanha para arrecadar fundos para esse fim. 

O Airbnb possui um seguro para proteger danos aos imóveis e indenizar os proprietários se ocorrerem problemas. Em situações de acidentes com turistas, as situações são avaliadas caso a caso, segundo a assessoria de imprensa da empresa. 

“Estamos profundamente consternados com este trágico incidente. Nós nos solidarizamos com os familiares e estamos em contato para prestar todo apoio necessário aos familiares neste momento difícil", disse o aplicativo, em nota.

O governo de Santa Catarina informou, por nota, que acompanha a investigação das circunstâncias das mortes, pelas autoridades chilenas, e que atua para facilitar os trâmites de liberação dos corpos.

A prefeitura de Biguaçu, SC, onde quatro das vítimas moravam, decretou luto oficial por três dias na cidade, e disse estar em contato com as autoridades federais e estaduais para tratar do translado dos corpos e organizar um velório coletivo. 

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