Terremoto no Peru deixa ao menos um morto e 26 feridos

Tremor atingiu norte do país e durou mais de dois minutos

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Lima | AFP

​Um forte terremoto de magnitude oito sacudiu, neste domingo (26), a região peruana de Loreto, no norte do país. Uma pessoa morreu e há ao menos 26 feridos, 15 deles no Equador.

O tremor durou 127 segundos. Em Lima, ao sentir o terremoto, moradores deixaram suas casas no meio da madrugada e da chuva. 

Criança próximo a fenda aberta após o terremoto em Puerto Santa Gema, na Amazônia peruana
Criança próximo a fenda aberta após o terremoto em Puerto Santa Gema, na Amazônia peruana - Guadalupe Pardo/AFP

"Fomos informados da morte de uma pessoa pela queda de uma rocha em sua casa no distrito de Huarango, na região de Cajamarca", declarou à rádio RPP Ricardo Seijas, coordenador da Defesa Civil.

A vítima é Danilo Muñoz, 48. Ele estava dormindo no momento do terremoto.

A Defesa Civil peruana contabilizou 11 feridos, 51 famílias afetadas, 53 casas destruídas e cinco colégios atingidos. Os outros sete feridos foram no Equador.

O epicentro do terremoto, cuja magnitude foi oito, segundo o Instituto Geológico dos Estados Unidos (USGS), foi a 70 quilômetros a sudeste de Lagunas, no norte do país, a uma profundidade de 141 quilômetros. Aconteceu às 2h41 (4h41 em Brasília).

Lagunas é um distrito da província do Alto Amazonas, na região de Loreto. Sua população é de 12 mil habitantes.

Geralmente, quanto maior a profundidade do terremoto, menor o impacto ou dano causado na superfície. No entanto, a onda expansiva é, nesses casos, mais ampla, o que explica por que o tremor foi sentido no Equador, na Colômbia, na Venezuela e na Bolívia.

No Peru, além de Loreto, o terremoto foi sentido nas regiões norte e central de La Libertad, Tumbes, Piura, Lambayeque, San Martín e Cajamarca, bem como na capital do país.

O geólogo Patricio Valderrama, do Centro de Monitoramento e Prevenção de Desastres, disse que "no norte do Peru um terremoto como este não é sentido desde o tremor de 1970", referindo-se ao terrível terremoto de magnitude 7,9 que devastou a região de Ancash e deixou mais de 70 mil mortos.

Yurimaguas, a cidade mais próxima do epicentro, foi uma das áreas com danos materiais, de acordo com as primeiras informações.

O presidente peruano, Martín Vizcarra, escreveu no Twitter que as autoridades avaliam as áreas afetadas. "Pedimos a todos os nossos cidadãos que permaneçam calmos. O Centro de Emergência está monitorando e avaliando a situação."

O prefeito de Lagunas, Arri Pezo, afirmou que a população não quer entrar em suas casas por medo de novos tremores.

O prefeito de Yurimaguas, Hugo Araujo, informou que várias casas antigas desabaram. O diretor do Instituto Geofísico do Peru, Hernando Tavera, assegurou que não são comuns réplicas com esta profundidade do epicentro. "A possibilidade é quase mínima", garantiu.

O Peru se encontra, como seus vizinhos do Pacífico sul-americano Chile e Equador, em uma região de tremores frequentes.

Em 24 de janeiro, outro terremoto, de magnitude 6, atingiu a costa central do Peru, causando danos menores e seis feridos em localidades próximas às centenárias Linhas de Nazca, na costa sul. 

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