Os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, debateram nesta sexta-feira (3) por telefone a situação da Venezuela, na primeira conversara oficial entre os dois desde dezembro de 2018.
Apesar dos dois líderes terem posições antagônicas no país —Moscou reconhece o ditador Nicolás Maduro, enquanto Washington apoia o opositor Juan Guaidó— a conversa prosseguiu de maneira tranquila e com foco em ajuda humanitária, de acordo com a Casa Branca.
No mês passado, o americano criticou Putin após Moscou enviar tropas para Caracas e afirmou que a Rússia deveria sair da Venezuela.
Nesta sexta, porém, o tom foi mais ameno segundo o próprio Trump disse a jornalistas. "Nós conversamos sobre muitas coisas, a Venezuela foi um dos temas" ", afirmou ele.
"E ele [Putin] realmente não quer se envolver na Venezuela, apenas quer que algo positivo aconteça lá e eu me sinto da mesma forma. Nós queremos conseguir alguma ajuda humanitária, neste momento as pessoas estão passando fome, elas não têm comida, não têm água", disse o americano.
Já o Kremlin informou apenas que a conversa durou cerca de uma hora e meia e que, além da Venezuela, também foram debatidos temas envolvendo comércio exterior, Coreia do Norte e Ucrânia.
A tensão voltou a aumentar na Venezuela desde terça (30), após Guaidó e o líder opositor Leopoldo López, até então em prisão domiciliar, se dirigirem à base aérea de La Carlota (Caracas) e anunciaram uma ação para retirar do poder Maduro, com apoio de militares dissidentes.
A ação deu início a série de protestos contra o regime pelo país, que foram reprimidos com violência pelas forças leais ao ditador. Quase 200 pessoas ficaram feridas no conflito e ao menos cinco civis morreram, de acordo com a ONG Foro Penal.
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