Após Bolsonaro, presidente da Colômbia também apoia reeleição de Macri

Em encontro em Buenos Aires, Iván Duque afirma que vitória do argentino será 'fundamental para a América Latina'

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Buenos Aires

Três dias depois de receber a visita do presidente Jair Bolsonaro em Buenos Aires, o argentino Mauricio Macri se encontrou, primeiro na noite de domingo (9), em um jantar na residência oficial de Olivos, e, depois, nesta segunda (10), na Casa Rosada, o mandatário colombiano, Iván Duque.

Assim como o brasileiro, Duque expressou preferência pela candidatura do atual presidente frente à oposição kirchnerista. O colombiano afirmou que a "reeleição de Macri será fundamental para a América Latina".

Bolsonaro havia sido até mais enfático ao pedir que os argentinos "votassem com a razão e não com a emoção"​.

Os presidentes de Colômbia, Iv[an Duque, à esq., e Argentina, Mauricio Macri, cumprimentam-se na Casa Rosada, em Buenos Aires
Os presidentes de Colômbia, Iv[an Duque, à esq., e Argentina, Mauricio Macri, cumprimentam-se na Casa Rosada, em Buenos Aires - Martín Zabala/Xinhua

O apoio de ambos presidentes de direita ajuda a campanha de Macri num momento complicado eleitoralmente.

Desde que Cristina Kirchner mudou de estratégia, apresentando-se como pré-candidata à vice-presidente numa chapa liderada por seu ex-chefe de gabinete, Alberto Fernández, esta fórmula tem crescido nas pesquisas.

As mais recentes apontam Fernández com 35%, contra 30% de Macri. Na Argentina, para uma vitória em primeiro turno são necessários 45% dos votos, ou 40%, desde que a diferença para o segundo colocado seja de dez pontos.

Todas as sondagens, porém, ainda indicam um cenário aberto, uma vez que há cerca de 15% de indecisos. As candidaturas serão oficializadas no dia 22 de junho.

Duque ressaltou a ajuda de Macri para levar as denúncias de abusos de direitos humanos cometidos pela ditadura de Nicolás Maduro à Corte Penal Internacional e considerou que a Argentina tem assumido papel "de liderança" nos esforços diplomáticos para retomar a democracia na Venezuela.

​Macri, em sua fala, afirmou que os dois países renovaram o compromisso com o povo venezuelano para "terminar com o usurpador Nicolás Maduro, já que é preciso fazer o impossível para recuperar a democracia na Venezuela".

Duque se mostrou otimista com o futuro da Venezuela, ainda que considere que "uma ditadura de 20 anos não termina de um dia para o outro".

Ele crê que o episódio do último dia 30 de abril, quando o líder oposicionista Juan Guaidó comandou uma tentativa de depor Maduro com a ajuda de um grupo de militares, "evidenciou uma divisão notória nas forças militares, que deve se pronunciar ainda mais".

Os dois países também assinaram um acordo de cooperação internacional em temas de segurança, e a governadora da violenta Província de Buenos Aires, Maria Eugenia Vidal, esteve recentemente na Colômbia para conhecer algumas estratégias deste país no combate ao narcotráfico.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.