Descrição de chapéu Venezuela

EUA adotam sanções contra filho do ditador Nicolás Maduro

'Nicolasito' é acusado de dificultar entrada de ajuda humanitária na Venezuela

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Washington e São Paulo | Reuters e AFP

O governo Trump aumentou a pressão sobre o ditador venezuelano Nicolás Maduro nesta sexta-feira (28), impondo sanções ao seu filho Nicolás Maduro Guerra, conhecido como "Nicolasito". As informações são do Departamento do Tesouro dos EUA, que publicou um comunicado em seu site.

Segundo o informe, o filho de Maduro lucrou com as minas venezuelanas em conjunto com a esposa do ditador, Cilia Flores. Ele também teria ajudado a pressionar os militares a manterem a ajuda humanitária fora do país, por caracterizá-la como uma tentativa de minar a democracia venezuelana, além de ter feito esforços para aumentar a censura nos meios de comunicação locais.

As posses e participações de Nicolasito superiores a 50% em propriedades ou entidades que estejam nos Estados Unidos ou sejam controladas por americanos ficam bloqueadas e devem ser reportadas ao Tesouro, estipula o comunicado.

Nicolás Maduro Guerra, o 'Nicolasito', filho do ditador da Venezuela, em evento em Caracas
Nicolás Maduro Guerra, o 'Nicolasito', filho do ditador da Venezuela, em evento em Caracas - Carlos Garcias Rawlins - 27.jul.17/Reuters

"Maduro confia em seu filho Nicolasito e outros próximos a seu regime autoritário para manter o controle sobre a economia e reprimir o povo da Venezuela", escreveu o Secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, na nota.

 

As novas punições, que podem ser revogadas, são os mais recentes esforços para tirar o ditador do poder. A reeleição de Maduro em 2018, sob acusação de fraudes e falta de observadores internacionais, foi classificada como ilegítima pelos Estados Unidos e pela maioria dos países ocidentais.

"O Tesouro continuará a atacar parentes cúmplices de membros ilegítimos do regime que lucram com a corrupção de Maduro", completou Mnuchin.

Em 2014, Nicolasito foi apontado por seu pai como inspetor da presidência. Em 2017, foi eleito como membro da Assembleia Nacional Constituinte.

Na quinta (27), sanções semelhantes foram aplicadas a duas figuras próximas a Maduro: o ex-ministro da Energia Elétrica e ex-presidente da estatal Corporación Eléctrica Nacional (Corpoelec), Luis Motta Dominguez, substituído em meio aos apagões que atingiram o país em março; e Eustiquio José Lugo Gómez, ex-funcionário da Corpoelec e atual vice-ministro de Finanças, Investimentos e Alianças Estratégicas do Ministério de Energia Elétrica.

"Essas pessoas estão envolvidas em uma corrupção desenfreada", disse o Departamento de Estado, atribuindo a ambas a responsabilidade direta pela deterioração e falha do sistema elétrico venezuelano, que levou a uma série de apagões em março. 

Motta e Lugo também foram apontados por conspirar com outros para lavar os lucros obtidos por meio de um esquema de suborno usando bancos no sul da Flórida.

Segundo a acusação formal, Motta e Lugo ofereceram a três empresas com sede no estado americano mais de US$ 60 milhões em contratos de compra com a Corpolec em troca de subornos que foram pagos a eles.

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