Descrição de chapéu The Washington Post Venezuela

Ex-chefe da inteligência de Maduro revela ligação de regime com Hizbullah e tráfico de ouro

Dissidente Manuel Ricardo Christopher Figuera conta bastidores da tentativa de derrubar ditador em maio

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

The Washington Post

Em um palácio supostamente repleto de conspiradores, traidores e ladrões, o ditador venezuelano Nicolás Maduro sempre pôde contar com a lealdade de pelo menos um homem: o general Manuel Ricardo Christopher Figuera.

O musculoso Figuera, 55, era um dos verdadeiros fiéis da revolução, tendo servido por dez anos como chefe de segurança do presidente Hugo Chávez (morto em 2013), o pai do socialismo venezuelano e mentor de Maduro.

Ele estudou a arte da espionagem com os mestres da Cuba comunista. E chegou ao apogeu de seu poder em outubro, quando foi apontado para o comando do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin), a temida polícia política de Maduro.

Mas quando o líder oposicionista apoiado pelos Estados Unidos, Juan Guaidó, anunciou um levante para derrubar Maduro, em 30 de abril, Figuera emergiu como um conspirador inesperado —e, diante do fracasso do levante, se viu forçado a fugir para salvar sua vida, colocando-se sob a proteção de agentes americanos na vizinha Colômbia.

Depois de quase dois meses escondido em Bogotá, a capital colombiana, com proteção permanente de uma equipe de segurança, Figuera chegou aos Estados Unidos na segunda-feira (24) com uma série de acusações contra o governo de Maduro envolvendo transações ilegais de ouro, células do movimento islâmico Hizbullah na Venezuela e descrevendo o tamanho da influência cubana no palácio de Miraflores.

O levante fracassou, e Maduro continua no poder. Mas Figuera não se arrepende de ter se voltado contra seu antigo chefe.

"Tenho orgulho do que fiz", disse na semana passada, em uma suíte de um luxuoso hotel no centro de Bogotá. "Por enquanto, o regime está em vantagem. Mas isso pode mudar rapidamente."

Esta é a história de como a oposição subverteu um homem no passado visto como inabalavelmente leal —e das informações que ele agora está compartilhando com representantes do governo dos Estados Unidos.

Esta reportagem se baseia em semanas de entrevistas com mais de uma dúzia de participantes da conspiração, líderes oposicionistas e funcionários do governo americano, e em 12 horas de entrevistas exclusivas com Figuera, as primeiras que ele concede a uma grande organização de notícias, e com certeza as mais detalhadas.

Para a oposição e os Estados Unidos, a deserção de Figuera foi uma espécie de vitória —uma prova, dizem, de que suas operações estão funcionando e seus esforços continuam viáveis mesmo depois do colapso do levante.

Como chefe do Sebin, Figuera comandava uma organização acusada de detenções arbitrárias e tortura. Ele foi um dos cinco funcionários importantes do governo venezuelano a se tornar alvo de sanções pessoais do governo Trump, em fevereiro.

Os esforços para conquistar seu apoio ao levante apontam para a barganha moral que os opositores de Maduro se dispõem a aceitar no esforço para removê-lo.

Figuera defende seu trabalho na promoção do "chavismo". Mas diz que se arrepende de alguns excessos.

"Tenho uma grande dívida com as pessoas que continuam na cadeia", disse, esforçando-se para segurar as lágrimas. "As pessoas que perderam familiares e nem puderam vê-los. Isso me magoa."

"Há muitas pessoas inocentes, e estou em dívida com elas. Não fiz o bastante. Pensei que conseguiria fazer com que Maduro visse a razão. Não consegui."

Numa noite cálida em Caracas, no dia 28 de março, os conspiradores contra Maduro empreenderam uma de suas jogadas mais arriscadas: Cesar Omana, 39, um médico, empresário e aventureiro venezuelano, fez uma visita ressabiada à sede do Sebin, com a missão de tentar recrutar o chefe do serviço de inteligência.

Omana, que mora em Miami, estava vivendo entre dois mundos. Era amigo próximo de uma das filhas de Chávez e de importantes membros do governo de Maduro, mas também tinha elos com a oposição.

Diferentemente de outros empresários venezuelanos envolvidos na trama, ele não foi acusado de crimes e não havia sanções dos Estados Unidos contra ele. Mas o colapso sofrido pelo país sob o governo de Maduro o incomodava.

Por volta de novembro, Omana vinha mantendo contato frequente com representantes dos Estados Unidos, segundo ele, e fontes americanas. Também tinha estabelecido contato regular, e até uma amizade incipiente, com o líder oposicionista Leopoldo López —na época o mais notório prisioneiro político na Venezuela, e mentor de Guaidó.

A reunião com Figuera deixou Omana nervoso.

"Estamos falando do terceiro homem mais poderoso do país", disse o empresário, sentado ao lado de Figuera em Bogotá, na semana passada, usando um boné preto do filme "Top Gun" e tênis Yohji Yamamoto. "Poderia ter ordenado minha prisão."

Figuera interessava aos americanos, cujas sanções contra ele congelavam todos os ativos que tivesse nos Estados Unidos —ele afirma não ter propriedades no país— e proibiam cidadãos americanos de fazer negócios com ele.

As autoridades americanas anunciaram publicamente que aliados de Maduro que se voltassem contra o ditador poderiam ter as sanções suspensas.

Omana e Figuera deram início a uma espécie de jogo de gato e rato, com cada qual tentando forçar o outro a fazer o primeiro lance.

"Pedi que ele me contasse alguma coisa que eu ainda não soubesse", disse Figuera.

Omana começou a falar sobre o plano da oposição, que ainda estava em desenvolvimento.

"Falamos sobre a África do Sul e Mandela", disse Omana. "E por fim falamos sobre um plano inicial, sobre a criação de uma lei de reconciliação, e sobre convencer Maduro a deixar o poder."

"Eu disse a ele que estava pronto para ver Maduro sair", disse Figuera. "E eu respondi que ele estava assistindo ao jogo mas não jogando", conta Omana. "Isso serviu para quebrar o gelo. Foi assim que começou a conspiração." 

Na verdade, um segundo grupo de conspiradores já estava em ação.

Em fevereiro, empresários venezuelanos, entre os quais o magnata da mídia Raul Gorrin, que estava sofrendo sanções de Washington e foi indiciado por um tribunal americano por acusações de lavagem de dinheiro, procuraram representantes dos Estados Unidos para oferecer um plano.

A peça central, de acordo com diversas pessoas informadas sobre o assunto, era subverter aliados fundamentais de Maduro, entre os quais Maikel Moreno, o presidente da suprema corte venezuelana.

Os homens vinham servindo como interlocutores entre o governo Trump e membros do regime venezuelano, disseram fontes próximas à situação, e estavam ávidos por melhorar sua situação nos Estados Unidos, o país a que costumavam enviar seus filhos para estudar e suas mulheres para viagens de compras.

De acordo com um funcionário importante do governo americano, os empresários foram informados de que, se tivessem sucesso, as restrições a viagens e congelamentos de ativos poderiam ser revertidos.

O governo não interviria no Departamento da Justiça para solicitar a retirada de indiciamentos, mas apontou para a possibilidade de recomendar leniência com relação às pessoas que ajudassem.

"Tudo que podemos fazer é apresentar um caso ao Departamento da Justiça", disse o funcionário americano, que como outros dos entrevistados solicitou que seu nome não fosse mencionado, por estar discutindo questões delicadas de política internacional.

Gorrin não respondeu a um pedido de comentário.

Os empresários estavam trabalhando para convencer o presidente da Suprema Corte a se voltar contra Maduro. O plano, de acordo com diversas pessoas informadas sobre ele, era que Moreno anunciasse uma decisão judicial que restauraria a autoridade da Assembleia Nacional, controlada pela oposição.

A assembleia já havia reconhecido Guaidó como presidente interino. Maduro seria forçado a deixar o posto.

Funcionários do governo americano foram informados sobre o avanço do complô, de acordo com diversas pessoas próximas à situação, e ofereciam conselhos regularmente sobre as novas etapas da operação. Mas o complô em si, dizem participantes venezuelanos e funcionários do governo americano, surgiu na Venezuela.

Moreno seria autorizado a ficar na presidência da corte, no governo de transição. Mas pessoas envolvidas nas negociações dizem que ele também exigiu dezenas de milhões de dólares para garantir votos no tribunal e bancar suas necessidades pessoais.

Figuera disse ter interceptado conversas no WhatsApp indicando que as exigências monetárias de Moreno ultrapassavam os US$ 100 milhões (R$ 383 milhões).

Um dos empresários envolvidos na suposta oferta disse que representantes do governo americano estavam informados a respeito. Ele afirmou que os americanos não endossaram a ideia mas tampouco se opuseram a ela.

Dois importantes funcionários do governo americano negaram qualquer conhecimento do pedido antes de 30 de abril. Foi só depois que o levante fracassou, disse um deles, que Washington foi informada da exigência de dinheiro por parte de Moreno.

Depois de sua reunião com Omana, disse Figuera, ele sentiu uma fagulha de esperança. Ele havia trabalhado por anos no serviço de inteligência das Forças Armadas. Mas seu novo papel à frente do Sebin serviu para lhe abrir os olhos quanto às dimensões da corrupção no governo Maduro.

"Jamais tinha visto a situação do país e a corrupção do governo de tão perto quanto vi nos últimos seis meses", disse. "Não demorei a perceber que Maduro é o chefe de uma empreitada criminosa, e que a família dele está envolvida."

Figuera começou a investigar acusações contra uma empresa fundada pelo assistente de Nicolás Maduro Guerra, 29, filho do presidente.

Ele disse que a empresa havia estabelecido um monopólio sobre a compra de ouro das minas do sul do país, a preços abaixo da tabela, e de revenda do metal a preços inflados para o Banco Central da Venezuela.

Ele estava se preparando para levar a informação a Maduro, mas foi aconselhado a não fazê-lo por um assessor importante do presidente.

Figuera disse ter descoberto o que define como lavagem de dinheiro envolvendo o então vice-presidente Tareck El Aissami, hoje ministro da Indústria de Maduro. Aissami foi alvo de sanções e de indiciamento nos Estados Unidos por acusações de tráfico de drogas.

Aissami nega publicamente quaisquer impropriedades. Nem ele nem outros funcionários expostos por Figuera em suas entrevistas para esta reportagem responderam a pedidos de comentários encaminhados por intermédio do Ministério das Comunicações venezuelano.

O jornal The Washington Post não foi capaz de confirmar ou negar independentemente as acusações de Figuera.

Figuera disse que recebeu informações que indicavam que organizações ilegais operam na Venezuela sob a proteção do governo. Isso inclui integrantes da organização guerrilheira colombiana ELN (Exército de Libertação Nacional), ativa em áreas de mineração no estado de Bolívar, no sul do país, e que prometeu servir como primeira linha de defesa em caso de invasão estrangeira à Venezuela.

Ele disse que viu informações de que o Hizbullah tinha operações nas cidades venezuelanas de Maracay, Nueva España e Caracas, aparentemente relacionadas a negócios ilícitos que ajudam a bancar operações no Oriente Médio.

"Descobri que esses casos de narcotráfico e guerrilha não podiam ser investigados", disse Figuera.

Mas foram as disputas internas de um governo disfuncional e dividido em feudos pessoais de políticos em guerra que lhe causaram maior desespero.

Ele recorda uma reunião com Iris Varela, a feroz ministra das Prisões de Maduro, e com Vladimir Padrino López, o ministro da Defesa venezuelano. Ele disse que Varela havia solicitado 30 mil fuzis para estabelecer um exército pessoal.

"Ela disse que tinha treinado os prisioneiros homens", disse Figuera, "e que seria sua comandante".

Maduro, enquanto isso, confiava em 15 a 20 cubanos para proteger sua segurança pessoal. Alguns são guardas militares, disse Figuera. Mas três dos cubanos, conhecidos como "os psicólogos", servem como consultores especiais que analisam os discursos de Maduro e avaliam seu impacto público.

Figuera conversava com Maduro diversas vezes por semana em reuniões de gabinete. Mas, ao solicitar uma reunião pessoal, foi instruído a falar com "Aldo" —um dos cubanos.

"Não acreditei —eu sou o chefe do serviço de inteligência dele e preciso de autorização de um cubano para uma reunião com o presidente?"

Em março, diversas quedas de energia que afetaram todo o país paralisaram a Venezuela. Figuera e outros líderes do governo estavam em reunião com Maduro quando Raúl Castro ligou, conta ele. Maduro levou o telefone para o canto da sala, para conversar com o ex-presidente cubano.

No final da conversa, disse Figuera, Maduro parecia aliviado. Castro havia prometido enviar uma equipe de técnicos cubanos para ajudar a resolver o problema.

"Raúl Castro era como um assessor de Maduro", disse Figuera. "Se ele estava em reunião, a conversa era interrompida caso Castro ligasse."

Em abril, Figuera disse ter entregue uma mensagem a Maduro dentro de uma valise trancada. Só ele e o presidente tinham o código da tranca. Na mensagem, Figuera descrevia a situação do país como deplorável, e sugeria novas eleições.

Maduro o contatou no dia seguinte via mensagem de texto. "Ele me chamou de covarde, derrotista", disse Figuera. "Foi então que descobri que era preciso agir."

Nos dias que se seguiram à visita de Omana, disse Figuera, ele começou a conversar com o principal aliado de Omana na oposição, Leopoldo López, que vinha alternando períodos de encarceramento e de prisão domiciliar desde 2014. O acesso não era problema —como chefe do Sebin, Figuera respondia pelas prisões.

Durante as reuniões, disse Figuera, ele foi informado sobre o levante planejado para 1º de maio. Moreno divulgaria uma decisão judicial restaurando o poder da Assembleia Nacional. Padrino, o ministro da Defesa, apoiaria a decisão da corte e forçaria a saída de Maduro.

De acordo com Figuera, os participantes da trama todos receberam codinomes. Figuera, um venezuelano de ascendência africana, era conhecido como Black Panther; Omana era o Superman; Mauricio Claver-Carone, o diretor de política latino-americana no Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, era o "Comeniños" [come criancinhas].

Mas, com a data do levante se aproximando, disse Figuera, ele começou a se sentir mais e mais inseguro.

Em uma reunião realizada em 23 de abril, na mansão de Moreno, em Caracas, ele sentiu que o presidente da corte suprema parecia hesitante. Moreno sugeriu que ele, e não Guaidó, se tornasse presidente interino, de acordo com diversos dos presentes.

Em 27 de abril, Figuera se reuniu com Moreno e Padrino, na casa deste último. "Foi uma conversa curta", disse. "Eles ficaram trocando olhares nervosos."

Figuera ligou para Padrino no dia seguinte para se reassegurar que o ministro da Defesa continuava a bordo. Mas Padrino estava assistindo a "Os Vingadores: Ultimato", disse Figuera, e "não quis conversar".

Nem Moreno nem Padrino responderam a pedidos de comentário.

Os líderes da oposição disseram ter adiantado a data do levante em um dia porque foram informados de que Guaidó corria risco de prisão. Figuera disse que foi ele quem adiantou o cronograma.

Em 29 de abril, disse Figuera, ele foi informado de que os temidos "colectivos" de Maduro estavam preparando um ataque sangrento a uma manifestação do Dia do Trabalho, que podia se tornar um "banho de sangue".

Ele informou Padrino diretamente sobre a mudança de data. "Você enlouqueceu?", respondeu o ministro da Defesa, segundo Figuera. "E quanto à decisão da corte? Como você vai fazer?"

"O levante vai acontecer", Figuera disse ter respondido. "Se não, o 1º de Maio será sangrento... Temos de agir rapidamente."

Figuera e outros conspiradores dizem ter recebido confirmação de que Moreno estava se preparando para anunciar a decisão em 30 de abril, mas, depois de ser informado sobre o ceticismo de Padrino, começou a contatar outros líderes militares.

Insistiu que o plano precisava ir adiante. Mas, na manhã de 30 de abril, a operação logo esbarrou em dificuldades.

Guaidó assinou um perdão libertando López da prisão domiciliar. Eles fizeram uma triunfante aparição na base militar de La Carlota, em Caracas, antes de o dia raiar, e apelaram aos militares e ao povo que se sublevassem.

Figuera percorreu Caracas de carro, para determinar se havia adesão. O celular tocou. Era seu chefe.

"Maduro estava muito nervoso", contou Figuera. "Não parava de me perguntar o que estava acontecendo."

Maduro insistiu em suas ligações. Por fim, às 6h30, o presidente ordenou que Figuera se apresentasse à infame prisão Helicoide.

"Liguei para minha mulher e disse que teria de me entregar."

Barbara Reinefeld, a mulher de Figuera, estava com a família em Miami quando o celular tocou. O marido explicou o complô fracassado e a informou sobre a ordem de Maduro.

Ela insistiu que ele não se entregasse, e que fugisse do país.

Dois meses antes, em uma viagem a San Juan, em Porto Rico, Reinefeld havia sido contatada por duas pessoas que se identificaram como agentes do FBI (a polícia federal americana). Os agentes a interrogaram e criaram um sistema de comunicação clandestina.

Figuera disse que é grato por essa linha de comunicação, mas que não tinha contato direto com os americanos.

Pouco depois do telefonema de seu marido em 30 de abril, Reinefeld foi contatada por venezuelanos em Miami, um dos quais parente de Guaidó. Um funcionário importante do governo Trump estava ciente dos problemas dela, disseram, e queria conversar com ela em Washington.

Ela foi a Washington em 1º de maio e recebeu garantias de que seu marido ficaria em segurança, caso conseguisse chegar à Colômbia.

Figuera recorreu a contatos nas Forças Armadas e deixou o país clandestinamente, cruzando a fronteira em Cúcuta em 2 de maio; foi recebido na Colômbia por agentes dos serviços de inteligência do país.

Um dia depois ele estava em Bogotá, conversando com representantes do governo dos Estados Unidos.

Moreno, Padrino e outros assessores que optaram por manter a lealdade a Maduro declararam publicamente que não eram parte do complô. Dois dias depois do fracasso do levante, Padrino apareceu ao lado de Maduro e deu a entender que havia recusado as abordagens da oposição.

"Não tentem nos comprar com falsas ofertas... Como se não tivéssemos dignidade", disse.

Uma semana depois da chegada de Figuera à Colômbia, o governo Trump retirou as sanções contra ele.

Figuera diz que suas conversas iniciais com representantes dos Estados Unidos foram espinhosas. Ele reconheceu Guaidó como legítimo líder da Venezuela, mas seu coração continua chavista.

Ele e outros afirmam acreditar que suas vidas estão em risco devido aos guerrilheiros colombianos associados ao governo da Venezuela. Omana chegou a Bogotá na semana passada para ajudar a negociar um salvo-conduto que levaria Figuera aos Estados Unidos.

Figuera é produto do governo socialista a que serviu por anos. Diz que se arrepende de algumas, mas não todas, das suas ações em favor do governo.

"Se eu tentasse me passar por Madre Teresa de Calcutá, vocês não me levariam a sério", disse.

Tradução de Paulo Migliacci  

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.