O Irã convocou neste sábado (15) o embaixador do Reino Unido em Teerã após Londres acusar a república islâmica pelos ataques contra petroleiros no golfo de Omã, afirmou a agência de notícias semiestatal iraniana Isna.
"Durante o encontro com o representante, o Irã condenou fortemente as alegações infundadas e criticou a posição inaceitável do Reino Unido sobre os ataques no golfo de Omã", disse.
Teerã pediu uma explicação e uma correção da posição britânica, depois de o Reino Unido ter sido o único país a ecoar as acusações americanas.
Na sexta, o chanceler britânico, Jeremy Hunt, culpou em nota a Guarda Revolucionária Iraniana, dizendo que nenhum outro Estado ou ator não estatal poderia ter sido responsável. O Irã nega envolvimento no caso.
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse na sexta que o incidente "tinha a assinatura" de Teerã.
“Eles não querem deixar evidências. Eles não sabem que nós temos coisas que podem detectar na escuridão e que funcionam muito bem. Nós temos isso. Foram eles”, disse o presidente, em referência ao vídeo que mostraria membros da guarda iraniana retirando a mina do petroleiro.
Na noite de quinta, o Pentágono divulgou um vídeo no qual um suposto bote de patrulha da Guarda Revolucionária do Irã se aproxima do petroleiro japonês Kokuka Courageous e recolhe um dispositivo apontado como uma mina marítima que não teria explodido.
Mas o presidente da empresa japonesa Kokuka Sangyo, que controla o petroleiro, disse que um “objeto voador” foi o responsável por atacar a embarcação da companhia.
"A tripulação nos disse que algo veio voando no navio, e eles encontraram um buraco", afirmou e Yutaka Katada, presidente da companhia japonesa. "Então, alguns tripulantes testemunharam o segundo tiro."
“Uma bomba colocada na lateral não é algo que estamos pensando. Se for algo entre uma explosão e uma bala, tenho impressão de que foi uma bala. Se fosse uma explosão, teria havido danos em diferentes lugares.” Ele acrescentou que não houve danos à carga de metanol.
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