Juízes da Suprema Corte do Reino Unido descartaram uma tentativa de processar Boris Johnson, o favorito para suceder Theresa May no cargo de primeiro-ministro, por supostamente mentir sobre o brexit durante a campanha do referendo há três anos.
Johnson era acusado pelos advogados do empresário Marcus Ball de má conduta em cargo público. Ele teria mentido em 2016, quando ocupava o posto de prefeito de Londres, ao afirmar que o Reino Unido pagava 350 milhões de libras (cerca de R$ 1,7 bi) por semana a Bruxelas.
O conservador, fervoroso defensor da saída britânica da União Europeia, foi, então, convocado por um tribunal da cidade para depor.
Mas em audiência judicial na sexta-feira, na Suprema Corte, o advogado de Johnson, Adrian Darbishire, afirmou que o juiz errou na interpretação da lei ou se enganou ao permitir que o caso fosse adiante.
Darbishire argumentou que o caso era politicamente motivado e, portanto, vexatório. Os juízes do Tribunal Superior afirmaram que divulgarão as razões para desistir do processo em uma data posterior.
Ball disse que estava considerando a possibilidade de apelar. "Não vou desistir até acreditar que todas as opções possíveis estão esgotadas", comentou.
Ex-secretário de Relações Exteriores durante a gestão de May, Johnson é o favorito entre os legisladores conservadores na corrida para substituí-la como líder do partido e, portanto, primeiro-ministro. Ele não compareceu à audiência do Supremo Tribunal.
Sexta-feira (7) é o último dia de May como líder, embora ela permaneça como primeira-ministra até que um sucessor seja escolhido.
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