Trump e Macron homenageiam veteranos do Dia D na Normandia

Soldados atravessaram os fogos do inferno, disse presidente americano; houve eventos em outros pontos da costa francesa

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Colleville-sur-Mer (França) | AFP e Reuters

A França nunca vai esquecer o sacrifício das tropas aliadas que liberaram o país da Alemanha nazista, disse o presidente francês, Emmanuel Macron, nesta quinta (6), dia do 75º aniversário do Dia D, operação que marcou o fim da Segunda Guerra.

Macron e outros líderes mundiais como o presidente americano, Donald Trump, e a primeira-ministra britânica, Theresa May, estiveram em cerimônias distintas que aconteceram em um percurso de 80 km na costa da Normandia. Em 6 de junho de 1944, 156 mil soldados desembarcaram nas praias da costa francesa, sob forte ataque da Alemanha. 

“Nós sabemos o que devemos a vocês, veteranos: nossa liberdade. Em nome de nosso país, só quero dizer obrigado. A França nunca irá esquecer”, completou Macron, antes de condecorá-los com a Legião de Honra, a máxima distinção francesa.

Donald Trump citou os nomes dos soldados americanos que morreram na operação e afirmou “vocês são o orgulho do nosso país”, provocando lágrimas nos ex-combatentes presentes. Eles estavam nas primeiras filas, em meio às 12 mil pessoas reunidas, e portavam medalhas e bonés com a inscrição “veterano da Segunda Guerra”.

“Há 75 anos, nessas praias, nesses penhascos, dez mil homens derramaram seu sangue, e milhares sacrificaram suas vidas por seus irmãos, por seu país e pela sobrevivência da liberdade”, declarou o chefe da Casa Branca. "Estes homens atravessaram os fogos do inferno."

O príncipe Charles e sua esposa, Camilla, também homenagearam os soldados mortos em combate, em uma missa celebrada na catedral de Bayeux e, em seguida, em uma cerimônia no cemitério de guerra da cidade, onde estão enterrados aproximadamente quatro mil soldados britânicos. O líder trabalhista Jeremy Corbin também estava presente. 

Em cerimônia à parte, Theresa May inaugurou um memorial para os 22 mil soldados britânicos que morreram no Dia D. “É quase impossível compreender a coragem necessária para saltar das embarcações na orla, apesar da fúria da batalha”, declarou a primeira-ministra aos veteranos.

Apesar dos atuais debates sobre o Reino Unido e o bloco europeu, Emmanuel Macron, presente na ocasião, reforçou que os laços entre os dois países são indestrutíveis. “Nada vai romper os elos do sangue derramado e dos valores compartilhados. Os debates do presente de maneira alguma tiram o passado,” afirmou o presidente francês.

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