O líder norte-coreano Kim Yong-chol, figura importante nas negociações na última cúpula de assuntos nucleares entre Coreia do Norte e EUA, acompanhou o ditador Kim Jong-un em uma performance musical neste domingo (2), informou a agência de notícias estatal KCNA.
A notícia contraria informações divulgadas na sexta (31), a respeito de um suposto expurgo de Kim Yong-chol, braço direito do ditador norte-coreano, após as negociações do encontro de fevereiro terem fracassado.
Ele teria sido demitido do cargo de vice-presidente do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores da Coreia (WPK) e condenado a trabalhos forçados e educação ideológica em um campo na província de Jagang, perto da fronteira chinesa. A notícia foi publicada pelo jornal sul-coreano Chosun Ilbo.
Mas, aparentemente, Kim Yong-chol continua sendo uma força na estrutura de poder da Coreia do Norte.
Durante uma performance musical amadora encenada por esposas de oficiais do Exército norte-coreano e presenciada por Kim Jong-un e sua esposa, Ri Sol Ju, Kim Yong- chol estava entre os "principais oficiais" que os acompanharam, segundo a KCNA. Ele foi o décimo oficial nomeado entre os 12 mencionados.
Questionado sobre o último contato dos EUA com Kim Yong-chol e o regime norte-coreano no domingo (2), o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, se recusou a responder, dizendo: "Conduzimos nossas negociações em particular".
As autoridades que trabalharam com Kim Yong-chol não foram vistas em público desde a cúpula, no final de fevereiro, ao passo em que diplomatas experientes que aparentemente foram marginalizados, incluindo o vice-chanceler Choe Son Hui, voltaram a aparecer.
A reportagem do jornal Chosun Ilbo também informou que a Coreia do Norte executou Kim Hyok-chol, enviado para os Estados Unidos como parte de um grupo de funcionários que liderou as negociações para a cúpula.
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