Um grupo rebelde houthi realizou uma série de ataques com drones a um aeroporto da Arábia Saudita nesta sexta-feira (14, quinta à noite no Brasil), afirmam moradores e autoridades dos dois lados da guerra do Iêmen.
A operação ocorreu horas depois de a coalizão liderada pelos sauditas atacar a capital, Sanaa, atualmente controlada pelos houthis.
Os rebeldes, que são apoiados pelo Irã, tiveram como alvo o aeroporto regional de Abha, no sul da Arábia Saudita, de acordo com uma emissora controlada por eles. Na quarta (12), os houthis assumiram a responsabilidade por um ataque a míssil no mesmo local — 26 pessoas ficaram feridas.
A coalizão liderada pelos sauditas, que conta com o apoio dos Estados Unidos, afirmou na quinta-feira (13) que havia destruído instalações militares dos houthis na periferia de Sanaa.
Segundo um comunicado da aliança, a operação tinha como objetivo atingir "especialistas estrangeiros de organizações terroristas que colaboram com os houthis", mas não identificou a nacionalidade dos alvos ou se a iniciativa tinha sido bem-sucedida.
Não há informações sobre mortos e feridos do ataque desta sexta.
A coalizão acusa a Guarda Revolucionária do Irã e o grupo libanês Hizbullah de apoiarem os rebeldes —ambos negam a ligação.
Os houthis aumentaram os ataques com mísseis e drones contra cidades do reino em meio à escala de tensão entre o Irã e países do Golfo Pérsico aliados aos EUA. Em maio, o grupo atacou duas estações de bombeamento de petróleo no golfo.
O conflito no Iêmen é considerado uma guerra por procuração entre a Arábia Saudita e o Irã. Os houthis argumentam que combatem pelo fim da corrupção.
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