Milhares de pessoas se reuniram em uma vigília à luz de velas em Hong Kong nesta terça (4), para marcar os 30 anos do massacre da praça da Paz Celestial, quando tropas chinesas abriram fogo contra estudantes e ativistas que protestavam pela democracia.
Os manifestantes se reuniram no parque público Victoria, que fica em um distrito financeiro de Hong Kong, segurando velas e cartazes em memória das vítimas. O local recebe manifestações todos os anos nesta data.
Segundo os organizadores, o público foi de 180 mil pessoas, mas a polícia estimou em 37 mil.
Pequim concede grande autonomia a Hong Kong —uma ex-colônia britânica que retornou ao domínio da China em 1997— sob a fórmula "um país, dois sistemas". Isto garante ao território liberdades e direitos não encontrados na China continental.
"É muito importante que Hong Kong continue a lembrar a tragédia de 4 de junho e que preserve esta memória", disse Richard Tsoi, vice-presidente da Aliança de Apoio a Movimentos Patrióticos Democráticos da China. "E não deixe as autoridades chinesas tentarem apagar a memória em toda a nação", completou.
Simultaneamente, censores de provedores de internet na China disseram que as ferramentas para detectar e bloquear conteúdo relativo ao massacre de 1989 na rede alcançou níveis inéditos de precisão.
A vigília em Hong Kong acontece em meio à discussão sobre uma proposta de lei de extradição que permitiria que fugitivos capturados na cidade fossem enviados à China para serem julgados. Críticos da proposta de lei devem protestar no domingo (9).
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.