Descrição de chapéu Venezuela

Contra vontade da família, Venezuela enterra militar que morreu sob custódia

Familiares querem autópsia independente para Rafael Acosta

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Caracas | Reuters

As autoridades venezuelanas enterraram na quarta-feira (10) o corpo de um militar que morreu sob custódia no mês passado, apesar da oposição de familiares, que dizem que ele foi torturado até a morte e exigem uma autópsia independente.

Rafael Acosta foi detido em 21 de junho por suposta participação em um plano para depor o ditador Nicolás Maduro, mas morreu após uma semana sob custódia da agência de inteligência militar DGCIM. Advogados disseram que ele mostrou sinais de espancamentos severos.

Túmulo do militar Rafael Acosta Arevalo em cemitério de Caracas
Túmulo do militar Rafael Acosta Arevalo em cemitério de Caracas - Manaure Quintero/Reuters

O governo Maduro confirmou a morte, mas não comentou as acusações de tortura.

 

"O que pode ser interpretado é que as autoridades governamentais estão [dizendo] 'eu o matei, eu o enterro'", disse Alonso Medina, um advogado que representa a família de Acosta.

O Ministério da Informação não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

A mulher de Acosta, Waleswka Perez, exigiu que o governo entregasse seu corpo e pediu uma investigação da ONU sobre sua morte, que foi condenada pelos EUA e pelo Grupo Lima, formado por nações do continente americano.

Uma autópsia oficial mostrou que Acosta morreu de "politraumatismo com um objeto contundente", disse Medina.

Relatório da ONU divulgado na semana passado acusou o regime Maduro de detenções arbitrárias e do uso sistemático de tortura contra dissidentes e oficiais militares e de esconder essas práticas, impedindo investigações completas de instituições e altos funcionários.

O procurador-geral venezuelano, Tarek Saab, disse que dois funcionários da DGCIM foram acusados ​​de homicídio pela morte de Acosta, sem explicar como o militar foi morto.

Uma declaração do Ministério da Defesa disse que Acosta desmaiou no início da audiência do tribunal e foi transferido para um hospital militar, sem oferecer mais detalhes.

 
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