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Democratas intimam genro e ex-secretário de Justiça de Trump a depor no Congresso

Câmara quer ouvir 12 pessoas relacionadas à investigação do procurador Robert Mueller

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Washington | The New York Times

A Comissão de Justiça da Câmara dos EUA aprovou nesta quinta-feira (11) uma dúzia de novas intimações a testemunhas citadas no relatório do procurador especial Robert Mueller, que investigou episódios de possível obstrução de Justiça pelo presidente Donald Trump e a interferência russa nas eleições americanas de 2016.

No mesmo dia, líderes democratas da Câmara marcaram para terça-feira (16) uma votação para considerar o secretário da Justiça, William Barr, e o do Comércio, Wilbur Ross, em desrespeito criminal ao Congresso por sua recusa a apresentar documentos relacionados aos esforços do governo para acrescentar uma pergunta sobre cidadania ao censo de 2020.

O conselheiro sênior e genro do presidente Trump, Jared Kushner, em Londres
O conselheiro sênior e genro do presidente Trump, Jared Kushner, em Londres - Ben Stansall - 4.jun.19/AFP

"A Câmara não evitará a supervisão deste governo e seu esforço maligno para silenciar as vozes de milhões de pessoas em nossa democracia", disse o deputado Steny Hoyer, de Maryland, líder da maioria democrata, referindo-se aos temores de que uma pergunta sobre cidadania dissuadisse os imigrantes de responder ao recenseamento.

Entre as figuras proeminentes a serem intimadas pelos democratas estão o ex-secretário de Justiça Jeff Sessions; Rod Rosenstein, seu vice que nomeou Mueller; John Kelly, ex-chefe de gabinete da Casa Branca; Jared Kushner, genro do presidente e conselheiro sênior; e Corey Lewandowski, ex-gerente de campanha de Trump. 

Os democratas também autorizaram uma intimação a David Pecker, que, como diretor da American Media, ajudou Trump na campanha presidencial de 2016 a comprar o silêncio de uma atriz de filmes pornográficos e de uma ex-modelo da "Playboy", as quais afirmam ter tido relações sexuais com o presidente.

Apesar da oposição republicana, os democratas que controlam a comissão conseguiram forçar as autorizações de intimação pelas linhas partidárias —prometendo dar início rápido a duas de suas investigações de maior prioridade, de supervisão de Trump e sua Presidência.

A primeira delas é sobre se as tentativas de Trump de impedir os investigadores federais de examinar as ligações de sua campanha com a Rússia constituíram obstrução de Justiça ou abuso de poder.

Trump queixou-se das novas intimações no Twitter na quinta-feira de manhã, pedindo aos democratas que "voltem a trabalhar" em questões políticas.

O painel também aprovou um grupo separado de intimações em busca de informações sobre a prática do governo de separar crianças de suas famílias migrantes na fronteira

Essas solicitações fazem parte de uma investigação da Comissão de Justiça sobre as políticas da gestão Trump na fronteira.

Elas autorizam especificamente a comissão a exigir depoimentos e documentos de autoridades atuais e ex-funcionários do governo sobre sua chamada política de tolerância zero, a prática de separar famílias migrantes e os padrões de detenção de migrantes.

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