Hong Kong tem marcha de mães contra projeto de lei de extradição

Estudantes rejeitam reunião a portas fechadas com líder de ex-colônia britânica

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Hong Kong | Reuters

Milhares de mães marcharam nesta sexta-feira (5) em Hong Kong em apoio a estudantes que vêm tomando as ruas do território contra um projeto de lei que facilitaria a extradição de suspeitos para a China continental.

Após uma série de protestos, a chefe-executiva de Hong Kong, Carrie Lam, anunciou a suspensão da lei, mas os manifestantes querem a retirada total do projeto.

Na segunda-feira (1º), aniversário de 22 anos do retorno da antiga colônia britânica à China, manifestantes invadiram o Parlamento de Hong Kong. Nesta quinta (4), Lam pediu para se encontrar com os estudantes. 

"Os jovens já fizeram bastante por nós. Devemos nos manifestar por eles uma vez. Estou tão angustiada por eles. Apesar de parecerem um pouco violentos, eles não machucaram ninguém", afirmou a professora Carina Wan, 40. 

"Quem nos machuca é o governo. Se eles não soltarem os jovens, continuaremos nos manifestando."

Segundo os organizadores, 8.000 mães participaram da marcha. A polícia disse que foram 1.300.

Em nota, uma porta-voz de Lam disse que ela "recentemente começou a convidar jovens de diferentes origens para um encontro, incluindo estudantes universitários e jovens que participaram dos protestos recentes". 

A união dos estudantes da Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong, uma das oito maiores instituições de ensino superior no país, rejeitou a oferta, dizendo que Lam pediu uma reunião a portas fechadas.

 

"O diálogo deve ser aberto para que todos os cidadãos de Hong Kong participem e todos tenham o direito de se pronunciar", afirmou a união, em nota. 

A porta-voz de Lam disse que a reunião seria a portas fechadas e pequena para garantir "uma troca de ideias franca e profunda". 

Embora Hong Kong tenha sido transferido do Reino Unido para a China há 22 anos, o território ainda é administrado sob um arranjo conhecido como "um país, dois sistemas".

Assim, os habitantes do território gozam de direitos raramente vistos na China continental, mas muitos sentem que o gigante asiático tem se afastado do acordo.

 
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