Irã diz ter condenado à morte membros de rede de espiões da CIA

Iranianos eram recrutados ao tirar visto, diz autoridade; Trump nega informação

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Teerã | AFP

O Irã anunciou nesta segunda-feira (22) que vários membros de uma "rede de espiões" da CIA, composta por 17 pessoas, foram condenados à morte no país.

A informação foi negada em seguida pelo presidente americano, Donald Trump

“O comunicado de que o Irã capturou espiões da CIA é totalmente falso. Zero verdade. Só mais mentiras e propaganda (como a de seu drone abatido) lançadas por um regime religioso que está falhando terrivelmente e não tem ideia do que fazer. A economia deles está morta, e vai ficar muito pior. O Irã é uma bagunça total!”, escreveu Trump  em uma rede social.

Donald Trump desmentiu o anúncio do Irã de que condenou à morte membros de rede de espiões da CIA
Donald Trump desmentiu o anúncio do Irã de que condenou à morte membros de rede de espiões da CIA - Alastair Pike/AFP

Dezessete iranianos foram presos entre março de 2018 e março deste ano no âmbito de uma operação de desmantelamento, anunciada por Teerã em 18 de junho, de uma "rede de espiões" que atuaria a mando dos Estados Unidos.

"Aqueles que deliberadamente traíram seu país foram entregues à Justiça. Alguns foram condenados à morte e outros a longas penas de prisão", declarou a repórteres o chefe de contra-espionagem da Inteligência iraniana, cuja identidade não foi revelada.

Os suspeitos trabalhavam "em setores sensíveis" ou em atividades privadas ligadas a esses setores, disse ele, sem dar detalhes. Eles agiam de forma independente um do outro, acrescentou, sem indicar quantos foram condenados à morte. 

A autoridade iraniana disse que alguns foram recrutados depois de cair em uma "armadilha" da CIA quando tentavam obter vistos para viajar para os Estados Unidos. "Alguns foram abordados quando faziam seus pedidos de visto, outros já tinham vistos, mas foram pressionados pela CIA no momento da renovação", disse.

O anúncio das condenações ocorre em um contexto de grande tensão entre o Irã e os Estados Unidos, um ano após a retirada unilateral americana do acordo internacional sobre o programa nuclear iraniano, e em meio a uma crescente escalada no Golfo.

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