Após forte campanha nas redes sociais, milhares de pessoas saíram às ruas da capital de Mianmar, Naipidau, neste sábado (6), para cobrar celeridade na investigação do estupro de uma menina de dois anos.
O crime aconteceu em maio, mas a mobilização para o protesto se intensificou na semana passada, quando o pai da garota recorreu à imprensa para expressar irritação com os poucos avanços da apuração do caso.
Segundo ele, sua filha voltou da aula no jardim de infância com ferimentos identificados por médicos como decorrentes de um estupro.
De acordo com a polícia, um homem que trabalhava como motorista no local onde a vítima estudava foi detido na quarta (3) após análise de imagens de uma câmera de segurança.
O local onde a garota estudava e outros seis estabelecimentos privados foram fechados depois do caso.
Neste sábado, o protesto marchou em direção à sede da polícia na capital. Muitos estavam vestidos de branco, cor que simboliza luto em Mianmar, com cartazes cobrando "justiça para Victoria" (em referência à vítima) e mais segurança para as crianças.
Segundo a ONG Terra dos Homens, com sede na Suíça e com forte atividade em Mianmar, o estupro é "muito comum" no país asiático. São pelo menos dois casos por semana apenas em Naipidau, afirma a organização, contando só os casos notificados.
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