O presidente da Tunísia, Beji Caid Essebsi, morreu nesta quinta-feira (25), aos 92 anos, informou a presidência da República em sua página no Facebook, poucas horas após sua hospitalização.
Primeiro presidente democraticamente eleito em 2014, três anos após a queda do ditador Zine el-Abidine Ben Ali, ele ajudou a guiar o país do Norte da África na transição para a democracia após a revolução de 2011, que deflagrou os levantes da chamada Primavera Árabe.
Mais velho presidente em exercício do mundo —e o segundo mais velho chefe de Estado depois da rainha Elizabeth 2ª do Reino Unido—, Essebsi morreu faltando poucos meses para o fim do seu mandato presidencial.
A Comissão Eleitoral já anunciou que com sua morte, a eleição presidencial será antecipada de 17 de novembro para 15 de setembro.
A televisão nacional interrompeu sua programação para transmitir versos do Corão, antes de anunciar a morte —que ocorre no dia em que a Tunísia celebra a proclamação da República em 1957, data geralmente marcada por um discurso do chefe de Estado.
Veterano político, trabalhou com Habib Burguiba, primeiro presidente da Tunísia, e Ben Ali, antes de chegar à Presidência em 2014 com a paradoxal missão de consolidar a jovem democracia.
Ele foi hospitalizado na quarta-feira para tratamento intensivo no hospital militar de Túnis, segundo seu filho Hafedh Caid Essebsi, também líder do partido no poder Nidaa Tunes.
A Tunísia é o único país que viveu a Primavera Árabe a continuar no caminho da democratização. Após o levante de 2011, ganhou uma nova constituição, eleições livres e um governo de coalizão entre laicos e islâmicos moderados.
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