A oposição e o regime venezuelano retomarão nesta semana o diálogo promovido pela Noruega, anunciaram neste domingo (7) o líder parlamentar Juan Guaidó e delegados do ditador Nicolás Maduro, indicando que a nova rodada de conversas será realizada na ilha caribenha de Barbados.
"Nos dirigimos ao país e à comunidade internacional a fim de anunciar que em atenção à mediação da Noruega (...) participaremos de uma reunião com representantes do regime usurpador em Barbados, para estabelecer uma negociação de saída da ditadura", afirmou Guaidó em comunicado.
Não foi relevada a razão para a escolha de Barbados como local da reunião.
Reconhecido como presidente interino por mais de 50 países, o líder opositor insistiu que as negociações buscam abrir caminho para a saída de Maduro e um governo de transição que convoque eleições livres.
Os diálogos em Oslo para resolver a crise política e socioeconômica no país petroleiro foram congelados depois que Guaidó denunciou o assassinato, em 29 de junho, do capitão Rafael Acosta Arévalo, preso após ser relacionado a um suposto plano para derrubar Maduro.
"As partes se reunirão nesta semana em Barbados para avançar na busca de uma solução acordada e constitucional para o país. As negociações acontecerão de maneira contínua e ágil", informou a Noruega em texto divulgado neste domingo.
Durante o tradicional desfile de 5 de julho para celebrar a independência da Venezuela, Maduro afirmou que na próxima semana haveria boas notícias em torno das negociações iniciadas em maio na Noruega.
"Fazemos votos para que os esforços [de Maduro] na consolidação da paz e o entendimento nacional rendam frutos", escreveu Jorge Rodríguez, ministro da Comunicação da Venezuela, no Twitter, compartilhando o comunicado do reino norueguês.
Setores da oposição são críticos com o diálogo por considerar que Maduro busca ganhar tempo.
Entretanto, Guaidó pediu a seus apoiadores para não cederem a intrigas, garantindo que a principal motivação das negociações é pôr fim ao sofrimento dos venezuelanos.
O líder opositor argumentou que receberão em Caracas ao representante especial da União Europeia para a Venezuela, Enrique Iglesias, como parte da ofensiva internacional contra Maduro.
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