Vários países europeus chegaram a um acordo para o desembarque e distribuição dos 131 migrantes que se encontram a bordo do navio italiano Gregoretti, cujo desembarque tinha sido proibido pelo governo da Itália.
O ministro do Interior, Matteo Salvini, havia vetado que um navio da própria guarda-costeira italiana atracasse no país, pois ele transportava migrantes resgatados de um naufrágio.
Após negociações, França, Alemanha, Portugal, Luxemburgo e Irlanda, bem como a Igreja Católica, aceitaram se responsabilizar por esses migrantes, que ficaram dias no navio Gregoretti.
A Comissão não especificou a distribuição final dos migrantes, mas mais da metade deve permanecer na Itália a cargo da Igreja.
Com este anúncio, concretiza-se o acordo divulgado na semana passada para implementar um "mecanismo de solidariedade" entre 14 países da UE, cujo funcionamento passa pelo desembarque anterior de migrantes na Itália e sua posterior distribuição entre os estados que assinaram o compromisso.
Salvini já havia permitido na segunda-feira o desembarque dos menores a bordo do navio, mas condicionou a saída das outras pessoas a um acordo de redistribuição entre os países da UE.
A Guarda Costeira italiana ajudou migrantes provenientes da Líbia na última quinta-feira (25), no mesmo dia em que outros 110 morreram ou desapareceram em um naufrágio na região. Após o resgate, eles foram transferidos para o Gregoretti, navio da marinha italiana.
Salvini atua fortemente para conter o fluxo de migrantes que chega à Itália vindos do norte da África. Ele também proibiu que barcos de ONGs resgatassem migrantes em alto mar na Itália, e acusou entidades humanitárias de serem cúmplices de traficantes de pessoas.
Nos meses do meio do ano, durante o verão no hemisfério norte, aumenta o número de barcos que tentam cruzar o Mediterrâneo rumo à Europa, devido à melhora das condições do mar.
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