Para 31%, Brasil nunca deve violar lei internacional de direitos humanos

Segundo pesquisa em 24 países, país é o quinto que menos concorda com a questão

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São Paulo

Três em cada dez brasileiros (31%) acreditam que o país nunca deve violar a lei internacional de direitos humanos, aponta pesquisa feita em 24 países. Segundo o levantamento, o Brasil é o quinto país que menos concorda com a questão —a média global é de 38%.

Os dados são do instituto Ipsos, que entrevistou 17 mil pessoas entre abril e maio deste ano. No Brasil, foram ouvidas cerca de mil pessoas, e a margem de erro é de 3,1 pontos percentuais. 

Reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra
Reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra - Fabrice Coffrini/AFP

Segundo os resultados, a Polônia é o país que mais acredita que as leis de direitos humanos não devem ser violadas, com 58% de respostas positivas para essa questão. Em seguida vêm Hungria e Espanha, ambas com 49%.

Na outra ponta está a Coreia do Sul, em que apenas 13% responderam que o país deve respeitar as leis de direitos humanos sempre. Depois vêm Malásia (22%), Japão (24%) e Estados Unidos (31%). 

No Brasil, além dos 31% que acreditam que a lei internacional de direitos humanos nunca deve ser violada, 21% disseram que ela pode ser quebrada em circunstâncias extremas, e 20% que ela deve ser levada em conta tanto quanto outros fatores na hora de tomar decisões. Para 5%, ela deve ser ignorada.

Quando os entrevistados foram questionados sobre o que deve ser mais importante para os líderes brasileiros ao decidir sobre as relações com outros países, os benefícios econômicos vieram em primeiro lugar, citados por 39%.

Em seguida aparecem benefícios de segurança (32%) e impacto ambiental no país (25%). Os direitos humanos foram mencionados por 22%, empatados com “se o país é ou não uma democracia” e “se o país obedece ou não as leis internacionais”.

Rússia (65%), Malásia (63%) e Coreia do Sul (61%) são os países que mais valorizam os benefícios econômicos.

Para 36% dos brasileiros, o Brasil deve ter papel ativo e deveria intervir para impedir que outra nação continue a cometer crimes de guerra. Globalmente, 41% acreditam que o seu país deveria intervir. A Índia possui o índice mais alto, com 66%, e o Japão o mais baixo: só 20% defendem que o governo intervenha em uma situação como essa.

O Japão é o país que menos concorda com a afirmação (31%). O Brasil está empatado com México e Argentina. Por outro lado, a Polônia é a nação que mais concorda com essa situação (67%), seguida por Índia (65%) e África do Sul (63%).

O levantamento também perguntou se as Forças Armadas deveriam sempre evitar baixas civis e seguir as regras de guerra antes do interesse nacional de seu país. O Brasil foi o país com mais pessoas discordando dessa afirmação (25%). Globalmente, 53% concordaram com a questão.

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